"Verei na hora, vou manter o suspense", declarou Donald Trump, no último debate sobre se aceitaria o resultado das eleições do dia 8, caso fosse derrotado.
Assim, o republicano dá margem para que o processo eleitoral dos EUA viva crise como a de 2000, quando o republicano, George W. Bush, venceu o democrata Al Gore.
Tudo teve início quando os próprios eleitores da Flórida protestaram e entraram na Justiça por problemas em suas cédulas de votação.
Com isso, Gore, que havia admitido sua derrota, passou a pedir a recontagem de votos dos condados de Palm Beach, Miami-Dade e Nassau.
A Flórida definiria o próximo presidente, já que os dois candidatos precisavam dos 25 delegados do Estado para vencer no Colégio Eleitoral.
O imbróglio durou 36 dias e só foi resolvido com a polêmica decisão da Suprema Corte dos EUA de anular a recontagem manual de 44 mil votos determinada pela Suprema Corte da Flórida.
Com a anulação, a diferença de 537 votos de Bush para Gore, num universo de 6 milhões de eleitores, foi mantida. Isso deu a maioria dos delegados ao republicano: 271 contra 267. Pela primeira vez na história do país, a Justiça definia um presidente.
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