Tem mais de 40 anos de profissão. É formado em ciências sociais pela USP. Escreve às segundas, quintas e domingos.
Empate elétrico
Os tricolores tinham razão em querer Luís Fabiano em campo e os alvinegros não tinham ao achar que ele seria um peso morto.
O Fabuloso foi o melhor em campo, mandou duas bolas na trave e marcou o gol do empate no começo da etapa final do clássico –que vira o Corinthians abrir o marcador com Luciano num primeiro tempo inteiramente são-paulino.
Os 45 minutos finais foram bem mais equilibrados e os 10 últimos minutos , com os visitantes reduzidos a 10 jogadores pela expulsão de Felipe, talvez fossem mais bem aproveitados pelos anfitriões caso a arbitragem marcasse o pênalti cometido por Uendel já no derradeiro segundo dos acréscimos.
No fim, sem a menor dúvida, o Corinthians ganhou um ponto e o São Paulo perdeu dois.
Ainda mais que o Galo também empatou e a diferença entre ambos permaneceu a mesma, de apenas dois pontos, além de o Fluminense ter perdido e o time do Sport também só empatado.
Mesmo sem mais uma vez o jogo do Morumbi ter sido um primor técnico, bem longe disso, por sinal –porque a defesa do São Paulo é um pesadelo e o ataque corintiano ainda um sonho–, a eletricidade foi tanta que merecia mais de 31 mil torcedores.
TEMERIDADE
O Palmeiras entrou de amarelo para lembrar que representou a seleção brasileira na inauguração do Mineirão, 50 anos atrás.
O marketing alviverde é corajoso, tanto quanto o técnico colombiano do São Paulo que pôs Breno para jogar em pleno Majestoso.
Porque o uniforme verde e amarelo hoje em dia no Mineirão lembra mesmo o 7 a 1, lembra derrota.
A equipe do Palmeiras precisa é de afirmação e não era hora de se descaracterizar.
Coincidência ou não, mesmo contra um problemático Cruzeiro, o time paulista sucumbiu ao ser derrotado por 2 a 1 num clássico tão brigado como o do Morumbi, ainda com menos gente, apenas 20 mil torcedores, apesar de Cristaldo ter deixado o seu gol e reforçado a sua marca como talismã.
A hora é de calma e o objetivo deve ser permanecer com os pés no chão, isto é, uma vaga no G4, porque querer o título é querer demais por enquanto.
E quem tudo quer...
DENÚNCIA
A direção do inerte sindicato dos atletas paulistas terá de responder ao Ministério Público do Trabalho por que impede que jogadores no exercício da profissão sejam candidatos à presidência da entidade; por que dificulta que os atletas recebam os 5% de direito de arena a que têm direito; por que há quase duas décadas não celebra Convenções ou Acordos Coletivos.
Denúncia detalhada neste sentido acaba de ser protocolada na Justiça do Trabalho.
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