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julio abramczyk
A prevenção de quedas em idosos
Idosos com novas lentes multifocais não apresentam redução do risco de queda. Enquanto não estão adaptados aos novos óculos, passam, na realidade, a ter maior risco de sofrer acidentes.
Essa é uma da conclusões da revisão sobre intervenções que podem prevenir quedas de idosos, apresentada, na semana passada, por Lesley D. Gillespie e colaboradores na "Cochrane Review".
Estudos mostram que cerca de 20% dos idosos acidentados necessitam de cuidados médicos e outros 10% sofrem uma fratura que os obriga ao repouso. No leito, a imobilização por longo tempo pode ser fatal.
A revisão teve por base 159 estudos, com 79.193 idosos. São analisados, como efetiva intervenção, os exercícios físicos, que ajudam na prevenção das quedas. O tai chi chuan, em particular, reduz efetivamente as quedas.
Portadores de grave problema de visão, orientados por terapeuta ocupacional, apresentam redução de acidentes ligados a quedas.
Na cirurgia da catarata, quando os dois olhos estão com o problema, a primeira intervenção em um olho reduz o risco de queda; já a segunda cirurgia não mostra diferença significativa.
Finalmente, idosos com hipersensibilidade do seio carotídeo apresentaram redução de 95% de risco de queda graças ao implante de um marca-passo (três estudos, com 349 participantes). A doença diminui a frequência cardíaca e pode levar à perda repentina da consciência.
Julio Abramczyk, médico formado pela Escola Paulista de Medicina/Unifesp, faz parte do corpo clínico do Hospital Santa Catarina, onde foi diretor-clínico. Na Folha desde 1960, já publicou mais de 2.500 artigos. Escreve aos sábados.
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