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julio abramczyk

 

29/09/2012 - 05h00

A depressão pós-parto paterna

O transtorno emocional que alguns homens experimentam após o nascimento de um filho ainda recebe pouca atenção, apesar de sua identificação nos últimos anos.

Um editorial recente da "Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia" alerta para a importância de "um quadro bastante negligenciado na clínica médica: os transtornos psiquiátricos pós-parto paternos".

Olga Falceto, Carmen Fernandes e Suzi Kerber, do Departamento de Psiquiatria da UFRGS, em Porto Alegre, escrevem que pouco se sabe sobre as causas do problema.

As médicas destacam sua pesquisa, na qual identificaram correlação, em 70% dos casos de depressão paterna, com o estado de depressão na mãe de um bebê. A severidade da depressão paterna também seguia a materna.

Lembram que o problema está ligado a um estado de ansiedade pela dificuldade de cuidar do recém-nascido; ao ciúme pela relativa exclusão do homem da dupla mãe-filho; à diminuição temporária do interesse sexual da parceira e ao medo de falhar como provedor da família.

Há dois anos, outro grupo de estudos sobre a depressão paterna pós-parto, o de Karen Tavares Pinheiro e colaboradores da Universidade Católica de Pelotas (RS), assinalava na "Revista Brasileira de Psiquiatria" que episódios bipolares são comuns em homens com sintomas depressivos durante a gestação das companheiras ou após o nascimento dos filhos.

julio abramczyk

Julio Abramczyk, médico formado pela Escola Paulista de Medicina/Unifesp, faz parte do corpo clínico do Hospital Santa Catarina, onde foi diretor-clínico. Na Folha desde 1960, já publicou mais de 2.500 artigos. Escreve aos sábados.

 

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