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julio abramczyk
Hipertensão refratária ao tratamento
A denervação renal, que desativa nervos nos rins e reduz a pressão arterial, está sendo considerada uma nova abordagem para a hipertensão refratária aos remédios.
No congresso da Associação Europeia de Cardiologia, realizado em agosto na cidade de Munique, na Alemanha, a médica Denise Fischer, do Hospital Universitário de Saarland, também na Alemanha, apresentou um estudo sobre a aplicação desse tratamento em 173 pacientes.
Três meses depois da realização da intervenção, a pressão dos pacientes estava sob controle, com significativa melhora na qualidade de vida dessas pessoas, que anteriormente apresentavam hiperatividade, ansiedade, depressão e insônia.
A intervenção foi realizada por cateter percutâneo (através da pele) levado à artéria renal onde, através de energia gerada por radiofrequência, foi inativada a atividade nervosa no rim.
Na realidade, essa não é uma proposta nova.
Há 50 anos, o professor Octavio de Carvalho, um dos fundadores da Escola Paulista de Medicina da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), já sugeria esse tratamento, realizado através de cirurgia.
À época, a introdução de novas drogas mais efetivas para tratar a hipertensão marginalizou essa abordagem terapêutica, até o seu recente reaparecimento. Desta vez, um tratamento sem operar o paciente, usando um cateter percutâneo para chegar ao rim do doente.
Julio Abramczyk, médico formado pela Escola Paulista de Medicina/Unifesp, faz parte do corpo clínico do Hospital Santa Catarina, onde foi diretor-clínico. Na Folha desde 1960, já publicou mais de 2.500 artigos. Escreve aos sábados.
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