Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 

julio abramczyk

 

29/12/2012 - 04h30

Os idosos, os jovens e a Aids

Para o ano de 2013, que se inicia dentro de três dias, os votos são para que os idosos assumam a sua sexualidade com os mesmos cuidados com que os jovens o fazem atualmente: usando camisinha.

Estudo publicado na revista "Brazilian Journal of Infectious Diseases" assinala que a mortalidade por Aids entre idosos é 15% maior do que entre os jovens.

A explicação para a morte desses pacientes, segundo a professora Marise Oliveira Fonseca e colaboradores, é que eles iniciaram o tratamento tarde demais.

Muitos idosos não só desconhecem que estão infectados como também nem chegam a suspeitar que são portadores do vírus HIV.

O estudo analisa estatisticamente quase 550 mil casos de Aids no Brasil, de 1980 a junho de 2009.

Desse total, 90% estavam entre os 18 anos e 59 anos de idade; cerca de 2,5% (13.657) acima dos 60 anos. Entre esse segundo contingente de pacientes, a maior parte recebeu o diagnóstico entre os 60 anos e os 69 anos.

No Brasil, somente a notificação de Aids era obrigatória até este mês. A decisão das autoridades sanitárias para a notificação compulsória, a partir de janeiro, para os infectados pelo HIV, terá os dados mantidos em sigilo. Eles serão usados apenas para fins estatísticos e controle da epidemia.

Essa medida permitirá iniciar precocemente o tratamento, atualmente eficaz, e evitar tanto a morte de jovens quanto a de idosos.

julio abramczyk

Julio Abramczyk, médico formado pela Escola Paulista de Medicina/Unifesp, faz parte do corpo clínico do Hospital Santa Catarina, onde foi diretor-clínico. Na Folha desde 1960, já publicou mais de 2.500 artigos. Escreve aos sábados.

 

As Últimas que Você não Leu

  1.  

Publicidade

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página