Médico formado pela Escola Paulista de Medicina/Unifesp, faz parte do corpo clínico do Hospital Santa Catarina, onde foi diretor-clínico.
Escreve aos sábados.
Uma doença exclusiva dos homens
Muitas cirurgias têm sido substituídas por tratamento clínico nos últimos anos.
No século passado, foi a ressecção de parte dos pulmões no tratamento da tuberculose substituída por remédios como estreptomicina.
A operação da úlcera de estômago foi trocada por remédios que tratam o "Helicobacter pylori", que provoca a lesão na maioria dos casos.
Os portadores da doença de Peyronie, bem conhecida dos médicos mas pouco comentada, receberam um sopro de esperança na semana passada. A FDA, agência que controla remédios e alimentos nos EUA, aprovou o uso de um medicamento biológico para a doença.
Se o remédio confirmar sua ação em muitos pacientes, será o primeiro tratamento não cirúrgico para o problema. A cirurgia nem sempre dá resultados satisfatórios.
Na doença de Peyronie, surge uma placa fibrosa sob a pele do pênis. Ela afeta homens entre 40 e 60 anos, com incidência estimada de 1% a 5% na população masculina.
Na ereção, provoca dolorosa curvatura do órgão, dificultando a atividade sexual. Com frequência, leva o portador à depressão.
Aplicado no pênis por injeções, o remédio atuaria no colágeno, proteína cujo excesso cria a placa fibrosa que causa a curvatura do órgão.
Só deve ser aplicado por especialistas, já que reações adversas foram relatadas. Testes com 832 pessoas atestam a segurança e eficácia da droga, segundo o fabricante.
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