Médico formado pela Escola Paulista de Medicina/Unifesp, faz parte do corpo clínico do Hospital Santa Catarina, onde foi diretor-clínico.
Escreve aos sábados.
A necessária informação da vacina contra o HPV
Reações adversas à aplicação da vacina contra o HPV em meninas de 11 a 13 anos, sem maiores consequências, foram relatadas e criaram justificada preocupação nos pais das adolescentes, o que pode dificultar as próximas campanhas. A aplicação da vacina não é obrigatória, mas é importante por contribuir para a redução dos casos de câncer do colo do útero.
Por isso, os pais das adolescentes devem ser informados que podem surgir efeitos passageiros, como febre, dor no local da injeção, náuseas. Podem também surgir desmaios, relacionados à conhecida síndrome vasovagal, por estresse emocional.
Pesquisadores do Instituto Karolinska, na Suécia, relatam no "British Medical Journal" on-line do dia 9 os resultados da aplicação da vacina do HPV em quase 1 milhão de meninas entre 9 e 17 anos em 2006 e 2010. Não ocorreram sinais de que a vacinação tivesse provocado sérios eventos adversos, apenas leves, como febre passageira e inchaço no local da injeção.
Na revista "Ciência e Saúde Coletiva" deste mês, Geise Zardo e colaboradores relatam que em 2008 foram distribuídos 23 milhões de vacinas nos EUA, com menos de 1% de efeitos adversos.
Das três adolescentes internadas na semana passada em Santos, duas já receberam alta. Ontem, a terceira continuava em observação.
Para o Ministério da Saúde, a hipótese mais provável para os sintomas (dor de cabeça e nas costas) é a síndrome do estresse pós-injeção.
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