Médico formado pela Escola Paulista de Medicina/Unifesp, faz parte do corpo clínico do Hospital Santa Catarina, onde foi diretor-clínico.
Escreve aos sábados.
Futebol profissional e dor no joelho
Jogadores profissionais de futebol costumam reclamar de dor crônica nos joelhos depois de aposentados, problema que foi estudado no Centro de Traumatologia Esportiva da Unifesp .
Na revista "Acta Ortopédica Brasileira", o médico Gustavo Arliani e colaboradores (Paulo Lara, Diego Astur, Moisés Cohen, João Paulo Gonçalves e Mário Ferretti) relatam que 54% dos antigos futebolistas profissionais receberam, por injeção, infiltração de medicamentos nos joelhos durante a carreira.
Esse tratamento, explicam, é ministrado para amenizar a dor devido a contusões nessa articulação, para que os jogadores possam participar de importantes partidas. O procedimento mascara a dor, mas pode piorar o problema.
Os autores citam estudo realizado na Inglaterra que mostra ser mil vezes maior o risco de lesões em jogadores de futebol do que em trabalhadores da indústria. Explicam que a ocorrência se dá porque no futebol o atleta é exposto constantemente a lesões musculoesqueléticas.
Participaram da pesquisa jogadores aposentados de times da primeira divisão, entre 30 e 70 anos, com pelo menos cinco anos de carreira.
Cerca de 78% estavam com sobrepeso e 4% eram obesos. Quase todos (97%) reclamavam de dor no joelho, mas 64% ainda praticavam futebol recreativamente.
Os aposentados já estão em outras profissões (88%), mas 66% em atividades relacionadas ao futebol, como treinadores ou comentadores esportivos.
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