Médico formado pela Escola Paulista de Medicina/Unifesp, faz parte do corpo clínico do Hospital Santa Catarina, onde foi diretor-clínico.
Escreve aos sábados.
Hepatite C e câncer
O vírus da hepatite C é oncogênico e seu risco para o câncer hepático é conhecido.
No 50º Congresso Internacional do Fígado, que termina amanhã em Viena, foi apresentado ontem um estudo que sugere uma ação extra-hepática do vírus da hepatite C.
Hoje são conhecidos alguns tipos de câncer associados à hepatite C, como o linfoma não Hodgkin, o câncer renal e o da próstata, além do tumor do fígado.
Anders H. Nyberg e colaboradores analisaram diagnósticos do registro de câncer da operadora de saúde norte-americana Kaiser Permanente, entre 2008 e 2012, em portadores e não portadores do vírus da hepatite C.
Nos portadores do vírus, mesmo excluindo os casos de câncer hepático, o número de doentes com neoplasias era o dobro daqueles que não estavam infectados pelo vírus.
Entre 130 e 150 milhões de pessoas em todo o mundo são portadoras do vírus da hepatite C, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde).
Atualmente não existe uma vacina para a doença, mas novos medicamentos antivirais oferecem tratamento com sucesso. As novas terapias são mais eficazes, mais curtas e provocam menos efeitos colaterais.
A hepatite C é de difícil diagnóstico na fase aguda, pelo seu início silencioso. É transmitida pelo sangue, pelo uso compartilhado de drogas injetáveis e na atividade sexual. Não é transmitida por abraços, beijos, leite materno, comida ou água.
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