Médico formado pela Escola Paulista de Medicina/Unifesp, faz parte do corpo clínico do Hospital Santa Catarina, onde foi diretor-clínico.
Escreve aos sábados.
Tatuagem e saúde
A tatuagem, que antigamente marginalizava seu portador, atualmente está disseminada em todas as classes sociais de todos os países.
Na Alemanha, 8,5% da população entre 14 e 90 anos de idade tem uma tatuagem. França, Finlândia e Austrália têm 10% da população com no mínimo uma tatuagem.
No Brasil, segundo José Froner Bicca nos "Anais Brasileiros de Dermatologia", a prevalência é estimada de 10% a 26% em homens e 10% a 22% em mulheres.
A tatuagem pode representar um grupo, dar status ao portador ou ser uma mensagem de amor. Pode ser uma obra de arte ambulante, ou apenas um amuleto.
Sua aplicação, entretanto, não é para todos. Há contraindicações.
Na revista "Current Problems in Dermatology" deste mês, número especial sobre pele tatuada e saúde, J. Serup e colaboradores da Tattoo Clinic do Hospital Universitário Bispebjerg, em Copenhagen, Dinamarca, analisam as queixas e complicações da aplicação da dermopigmentação nas pessoas.
As principais complicações são as alergias a pigmentos vermelhos. Também acontece com os azuis e verdes.
Os sintomas são comparados a doenças pruriginosas da pele. A sensibilidade ao sol é frequente em 20% dos casos.
Infecções por bactérias como os estafilococos resistentes podem trazer risco de vida por sepse. Os autores destacam também que a resposta alergênica à tatuagem varia de pessoa para pessoa.
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