Médico formado pela Escola Paulista de Medicina/Unifesp, faz parte do corpo clínico do Hospital Santa Catarina, onde foi diretor-clínico.
Escreve aos sábados.
Carne, câncer e a realidade
Um vendaval de reclamações desabou nesta semana sobre a OMS (Organização Mundial da Saúde).
A indústria dos embutidos e defumados, que melhoram o sabor da carne e sua conservação, e demais interessados manifestaram preocupação quanto à monografia da Agência Internacional para Pesquisas em Câncer (Iarc) sobre carne processada e câncer colorretal. A Iarc, criada por resolução da Assembléia Mundial da Saúde pela OMS, é independente.
A OMS declarou no último dia 29, através de seu porta-voz Gregory Härti, que a monografia divulgada nesta semana confirma uma recomendação da entidade de 2002: moderar o consumo de carne processada.
Segundo Härti, a Iarc não diz para a população suspender o consumo de carnes processadas, mas sugere que diminuir seu consumo reduz o risco de câncer colorretal, recomendação baseada em estudos epidemiológicos.
Na monografia, os autores referem que uma porção de 50 g de carne processada (equivalente a uma salsicha) se consumida diariamente por um longo período de vários anos aumenta o risco de câncer colorretal em 18%.
Entretanto, apesar de esse risco ser relativamente baixo, pode se tornar importante para a saúde pública porque muitas pessoas ao redor do mundo comem carne e o seu consumo vem aumentando.
O estudo foi realizado por 22 cientistas de dez países. Pode ser lido on-line na revista Lancet/Oncology do dia 26.
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