Médico formado pela Escola Paulista de Medicina/Unifesp, faz parte do corpo clínico do Hospital Santa Catarina, onde foi diretor-clínico.
Escreve aos sábados.
Diabetes e Tuberculose
Especialistas em saúde pública vêm estudando doenças como fatores de risco para a tuberculose e a consequente repercussão do tratamento em ambas, quando concomitantes com a afecção pulmonar.
Para o médico Knut Lönnroth, da OMS (Organização Mundial da Saúde), o diabetes aumenta a susceptibilidade e triplica o risco para a tuberculose. Por outro lado, o diabetes pode reduzir a resposta à terapia da doença provocada pelo bacilo de Koch –uma bactéria.
Essa relação não indica, segundo os estudos, que o diabetes está associado a um grande aumento de fracasso no tratamento da tuberculose. O controle correto da taxa de açúcar no sangue permite diminuir esse efeito negativo.
Lönnroth sinaliza ainda que em áreas de alta incidência de tuberculose, um diagnóstico diferencial deve ser realizado precocemente em diabéticos que desenvolvem sintomas respiratórios.
Em 2013, cerca de 9 milhões de pessoas em todo o mundo contraíram tuberculose –houve 1,5 milhão de mortos, segundo a OMS.
A pobreza, subnutrição, migração e a população idosa desassistida aumentam a vulnerabilidade e mantêm o ciclo de infecção e doença entre as populações de países em desenvolvimento.
Visando conter esse problema de saúde pública, a 67ª Assembleia Mundial da OMS estabeleceu no ano passado o início dos esforços, a partir de 2015, para erradicar a epidemia global de tuberculose até o ano 2035.
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