Médico formado pela Escola Paulista de Medicina/Unifesp, faz parte do corpo clínico do Hospital Santa Catarina, onde foi diretor-clínico.
Escreve aos sábados.
Antibióticos e risco cardíaco
A venda controlada de antibióticos nas farmácias é explicitada pelo risco de seu uso sem controle médico.
Eles combatem as infecções e podem prevenir graves sequelas, como é o caso da febre reumática. Essa infecção, quando não tratada, provoca principalmente lesões valvares cardíacas ou artrite.
Mas alguns desses remédios, como a claritromicinas, podem provocar graves arritmias ou causar infartos.
No "BMJ" deste mês, Angel Y. S. Wong e colaboradores da Faculdade de Farmácia do University College London, Reino Unido, analisam as repercussões cardíacas do uso desse antibiótico.
Foram pesquisados 108.988 pacientes que receberam claritromicina e 217.793 que tomaram amoxicilina, número representativo da população de Hong Kong atendidos em hospital da cidade.
O emprego da claritromicina foi relacionado ao aumento de risco de infarto e arritmia após curto período em que foi ministrado. Entretanto, muito tempo depois de tomado o medicamento, não ocorreu a associação com riscos cardiovasculares na população estudada.
Os autores assinalam ainda as limitações do estudo por não terem incluído na análise estatística o estilo de vida dos pacientes como fumo, álcool e atividade física.
Mas destacam a necessidade de cuidados especiais na administração deste antibiótico aos pacientes com mais de 75 anos de idade e aos portadores de doenças crônicas como hipertensão.
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