Médico formado pela Escola Paulista de Medicina/Unifesp, faz parte do corpo clínico do Hospital Santa Catarina, onde foi diretor-clínico.
Escreve aos sábados.
Remédios e competições esportivas
Usar um medicamento para doping não é apenas falta de ética mas também é prejudicial à saúde. Essas substâncias são voltadas para o tratamento de doenças e não devem ser usadas por atletas saudáveis, recomenda a AMA (Agência Mundial Antidoping).
No caso da tenista Maria Sharapova, flagrada no uso de Meldonium, o doping trouxe também prejuízos financeiros a ela.
A justificativa de Sharapova foi a de que já vinha tomando Meldonium há dez anos. O laboratório que o produz recomenda seu emprego apenas por um período de quatro a seis semanas.
O Meldonium (Mildronate) é fabricado na Letônia, país que fez parte das repúblicas da União Soviética. Na Rússia o medicamento é indicado para isquemia do miocárdio mas nos EUA e em alguns países da Europa seu uso não foi aprovado.
Esse remédio aumenta o fluxo sanguíneo, aumentando capacidade de esforço dos atletas. A AMA proibiu seu uso por atletas apenas a partir de janeiro deste ano.
No organismo, o Meldonium muda a fonte de produção metabólica dos ácidos graxos para o metabolismo da glicose. A oxidação aeróbica da glicose consome menos oxigênio que a oxidação do ácido graxo e aumenta a geração de ATP (trifosfato de adenosina), um importante reservatório de energia da célula.
Dessa forma, seu emprego por atletas melhora o rendimento nas competições.
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