Médico formado pela Escola Paulista de Medicina/Unifesp, faz parte do corpo clínico do Hospital Santa Catarina, onde foi diretor-clínico.
Escreve aos sábados.
A desconhecida depressão paterna na gravidez
Oleg Sidorenko/Flickr | ||
Sintomas de depressão também podem aparecer nos pais |
A depressão que algumas gestantes apresentam no período pós-parto é bem conhecida e estudada.
Nos EUA, a doença é prevalente em mães abaixo dos 24 anos de idade, com poucos anos de estudo, solteiras, fumantes e com histórico de três ou mais eventos estressantes no período da gestação.
Segundo a revista "Morbidity and Mortality Weekly Report" de fevereiro, uma em cada nove mulheres no período de pós-parto apresenta, nos EUA, sintomas depressivos.
No entanto, os sintomas de depressão também podem aparecer nos pais. Pesquisadores da Universidade de Auckland, na Nova Zelândia, com base em amostra de 3.523 homens neozelandeses, com idade média de 33 anos, identificaram esses sintomas nos homens desde a gravidez das companheiras até o parto.
A professora Lisa Underwood e colaboradoras relatam na revista "Jama Psychiatry" que a depressão perinatal materna está relacionada a mudanças fisiológicas, como as hormonais, mas a depressão paterna está associada a uma situação negativa na infância repercutindo em problemas emocionais e de comportamento.
Entre os riscos que podem desencadear a depressão paterna pós-natal estão baixa renda, desemprego, depressão materna, ansiedade e conflitos matrimoniais.
A depressão é um transtorno mental que tem tratamento. Caracteriza-se por tristeza, culpa, baixa autoestima e perda de interesse por situações antes agradáveis.
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