Médico formado pela Escola Paulista de Medicina/Unifesp, faz parte do corpo clínico do Hospital Santa Catarina, onde foi diretor-clínico.
Escreve aos sábados.
O possível e necessário controle da febre amarela
Rivaldo Gomes/Folhapress |
A recente interdição de mais dez parques municipais para uso e passeio da população da zona oeste (além dos 13 anteriormente fechados), aliada à cobertura vacinal oferecida à população, indica que dificilmente surgirá a urbanização da febre amarela silvestre no município de São Paulo.
Em busca de uma imunização contra a doença, moradores ao redor desses parques vêm procurando os postos de vacinação contra a febre amarela, não sendo observada até o momento falta do imunizante.
Essa preocupação com o surto de febre amarela silvestre, alertada com o encontro de macacos mortos pela virose diagnosticada no Instituto Adolfo Lutz, poderia ter sido evitada já há muitos anos.
Em março de 2017, durante surto observado em Minas Gerais, o médico Pedro Fernando da Costa Vasconcelos, diretor do Instituto Evandro Chagas, em Belém, reconhecidamente centro internacional de estudos e pesquisas em arboviroses, declarou à imprensa que a vacinação infantil contra a febre amarela em todo o Brasil não poderia mais ser postergada.
Todas as crianças devem ser vacinadas em todo o território nacional, e não apenas nas áreas recomendadas, insiste.
Como a vacina protege pelo período de dez anos, impediria a disseminação da doença. Quando adultos, e se necessário, poderiam receber nova aplicação da vacina.
Dessa forma, seria iniciada a proteção permanente contra eventuais surtos da febre amarela silvestre em áreas urbanas.
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