Julio Abramczyk

Médico, vencedor dos prêmios Esso (Informação Científica) e J. Reis de Divulgação Científica (CNPq).

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Julio Abramczyk

A fragilidade em idosos e a saúde bucal

Crédito: Diego Padgurschi/Folhapress Idosa na estação Ana Rosa do Metrô
Idosa na estação Ana Rosa do Metrô

Já estão estabelecidas a relação da presença de infecções da cavidade bucal com a repercussão que pode resultar em grave contaminação na membrana interna do coração (endocardite).

Agora, a boca está sendo apontada como uma importante área cujos indícios de eventuais problemas podem ajudar a avaliar a fragilidade em idosos.

A professora Sheena E. Ramsay e colaboradores, com base em dados do British Regional Heart Study, publicou on-line os resultados de estudo no site do "Journal of the American Geriatrics Society".

Participaram da pesquisa 7.735 idosos do sexo masculino entre 71 e 92 anos domiciliados em residências comunitárias de 24 municípios ingleses.

Os problemas encontrados nos idosos foram: 20% com perda total de dentes; 64%, com menos de 21 dentes; 54% com doença gengival; 29% com sintomas de boca seca; 34% carente de saúde oral; 11% com dificuldade na alimentação.

Relacionados a esses problemas, os idosos foram considerados fragilizados quando apresentavam, no mínimo, três das seguintes situações: exaustão ou fadiga aos esforços, deambulação lenta, perda de peso e fraco nível de atividade física.

Os autores destacam que o encontro de problemas de saúde oral nos idosos é frequente. A perda dos dentes, doenças das gengivas, dentes deteriorados e boca seca são condições que afetam o bem-estar dos idosos, dificultam a alimentação e a deglutição, interferem no falar e às vezes até no sorriso.

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