É jornalista e consultor na área de comunicação corporativa.
Palavras para esquecer
Entre as muitas coisas ruins que aconteceram em 2014 –fora as coisas boas, claro–, uma que incomodou muito foi a banalização de palavras e expressões que serviram para tornar a vida mais ácida, mais beligerante, obviamente menos cordial.
Sempre acompanhadas de indignação ou violência ou tristeza ou desfaçatez ou raiva ou tédio, são conjuntos de letras expressando ideias que tomara sejam relegadas a segundo plano –ao menos na maneira que foram exaustivamente repetidas, em geral para atacar, achincalhar, denegrir, ofender.
Eis algumas que espero não ouvir ou ouvir muito pouco neste ano que começa em alguns dias:
Homofobia
Vadia
Petralha
Privataria tucana
Vai pra Cuba
Estupro
Dilma, vai tomar...
Racismo
Maluf ficha limpa
Intervenção militar
Volume morto
Ditadura
Mensaleiros
Presidanta
Trensalão
Bolivariano
Tortura
Rolezinho
Cantareira
Crioulo
Sonhática
Sistema fora do ar
Petroroubalheira
Playboyzinho
Comunismo
7 a 1
Se for para repetir alguma delas, que não seja apenas para encher a boca de ódio e destilar inconsequências, mas sim para tornar este país efetivamente um pouco mais justo.
E que venha 2015...
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