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maurício stycer

 

22/07/2012 - 03h02

Um mês na vida de Frota

A notícia começou a pipocar em diversos sites numa quarta-feira, 13 de junho. O mais inclemente anunciou: "Alexandre Frota perde diretoria e funções no SBT". Depois de ele ocupar por um ano a posição de diretor de projetos especiais, a emissora cansou-se e o dispensou.

Menos mal, logo alguém informou que, apesar da demissão, a emissora prometia pagar um cachê de R$ 600 por cada participação do ator em "A Praça É Nossa", em que interpretava um Batman gay.

Alguns dias depois, já era possível ler notícias alvissareiras vindas do Morumbi. "Frota faz tour por atrações da Band." "Band testa Alexandre Frota em 'A Liga'." "O negócio é a Band, Frota?".
Na segunda-feira, 25 de junho, Frota sentou-se no sofá do vespertino "Muito +", apresentado por Adriane Galisteu, e disse: "Sou viciado em sexo. Já falaram que é uma doença, mas não acredito".

Confirmou que havia sido demitido, falou que teve um caso com Joana Machado e, no momento mais Frota, depois de ver um vídeo em que Alexandre Corrêa, marido de Ana Hickmann, falava mal de Galisteu, disse: "Se Adriane fosse minha mulher, eu daria umas porradas no marido da Ana Hickmann".

As declarações renderam infinitas notas em infinitos sites de notícias, até que, quatro dias depois, a maré mudou com outra bomba: "Frota apresenta projeto para a RedeTV!".

Trata-se, conforme revelação de alguns noticiários, de um programa chamado "Altos Papos". Monica Pimentel, diretora artística da emissora, ficou bastante empolgada com a atração, segundo fontes fidedignas.

Nos primeiros dias de julho, ocorreu outra reviravolta. "Alexandre Frota tenta voltar para a Record", dizia o título da notícia, reproduzida e desenvolvida por toda a blogosfera.

Lembrando que Frota havia saído brigado da Record poucos anos antes, houve quem desse a notícia com um certo pé atrás. "Tem gente da emissora afirmando que ele tem até alguma chance por lá."

Em meio a toda essa movimentação, Frota encontrou tempo para fazer um balanço de sua trajetória e concluir, numa pungente entrevista: "É muito triste não poder voltar para a Globo". O seu nome, suspirou, integra uma suposta lista negra, formada por ex-funcionários que seriam proibidos de fazer qualquer coisa, "nenhum programa, nenhuma novela" no Projac.

Dias depois, já recuperado do flashback, Frota voltou a olhar para frente e participou, na Record, do "Tudo É Possível", apresentado justamente por Ana Hickmann, cujo marido mereceria "umas porradas", segundo disse três semanas antes, por causa do que falou de Galisteu.

Hickmann achou por bem perguntar: "Você disse que defenderia a sua mulher, usando a agressão física, assim como o meu marido me defendeu, usando palavras. Ou seja, está chamando o marido de Adriane Galisteu, que não fez nada, de banana?". Os anos de estrada deixaram Frota calejado, capaz de identificar uma casca de banana à distância. Daí a resposta que deu para Hickmann: "Se ele é ou não banana, é um problema dos dois, não meu."

No momento em que encerro este texto, desconheço outras novidades na vida de Frota, mas prometo manter os leitores informados. Trata-se, como espero ter demonstrado, de um personagem central da televisão brasileira.


mauriciostycer@uol.com.br
@mauriciostycer

maurício stycer

Maurício Stycer é jornalista, repórter e crítico do portal UOL, autor de 'História do Lance!' (Alameda Editora). Escreve aos domingos.

 

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