Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
Escreve diariamente,
exceto aos sábados.
Coca-Cola Femsa investirá R$ 580 milhões no Brasil
Apesar de 2014 ter sido um ano de retração no consumo e 2015 não apresentar sinais de melhora, a Coca-Cola Femsa, maior engarrafadora da Coca-Cola no Brasil, vai investir US$ 200 milhões (cerca de R$ 580 milhões) para ampliar sua atuação no país.
O aporte será aplicado para otimizar a malha logística, criar novas linhas de produção, automatizar processos fabris e aumentar a cobertura de pontos de venda nos seis Estados em que atua, principalmente nos de Minas Gerais e Paraná.
Eduardo Anizelli/Folhapress | ||
Retrato de Jose Ramon Martinez, presidente da Coca-Cola Femsa no Brasil |
"Manteremos o foco no desenvolvimento de embalagens com tamanhos diferentes, como minipets e garrafas 'tamanho família', por causa do preço mais atraente ao consumidor", afirma José Ramón Martínez, presidente da companhia.
O plano de ação ajudará a driblar a perspectiva de estabilidade para este ano, em comparação com 2014, segundo o executivo.
Martínez acredita que o novo modelo de tributação para bebidas no país, que começa a valer em 1º de maio, vai trazer previsibilidade e segurança jurídica, uma vez que o cálculo das alíquotas será simplificado.
"Mesmo com essa mudança, ainda há muito o que ser feito. A carga tributária no Brasil é muito pesada."
A empresa ainda não calculou se os impostos a serem pagos serão maiores ou menores com a nova medida.
Editoria de Arte/Folhapress |
"Ao menos o setor não terá grandes imprevistos pelos próximos três anos."
"Com o modelo de tributação de bebidas anterior, os investimentos estavam sempre suscetíveis a variáveis de cálculo"
José Ramón Martínez, presidente da Coca-Cola Femsa Brasil
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Vendedor onipresente
Quase todos (97%) os altos executivos de companhias de varejo e bens de consumo entrevistados pela consultoria EY (antiga Ernst & Young) consideram importante a adoção de estratégias "omni-channel", que permitem mesclar o ato da compra em ambientes físicos e virtuais.
A monetização dessa estratégia, entretanto, ainda é um desafio: 38% dos consultados que tomaram a decisão conseguiram sentir impacto na receita da empresa.
Editoria de Arte/Folhapress |
Os resultados mais observados foram a fidelização do cliente (95%) e o diferencial entre os concorrentes (90%).
"Nos países emergentes, a adesão dessa estratégia será decisiva para o crescimento futuro dos negócios", afirma Cristiane Amaral, sócia da consultoria.
A cadeia de suprimentos tradicional também precisa ser repensada para atender a nova realidade.
"No Brasil, um dos grandes desafios é a infraestrutura e as exigências fiscais."
Apenas 5% das empresas consultadas têm estratégias completas de "omnichannel".
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Cai parcela de executivos confiantes com mercado
A parcela de executivos de média e alta gerência que estão confiantes com o mercado de trabalho caiu de 63% no início de 2014 para 51% neste ano, segundo levantamento da empresa de recrutamento Michael Page feitocom 500 pessoas.
"A pesquisa reflete o cenário macroeconômico", diz o diretor-executivo da companhia, João Marco Frederico.
Editoria de Arte/Folhapress |
"Mas mais da metade ainda está otimista. Talvez porque os entrevistados, como são profissionais qualificados, possam corresponder à parcela da população que está entre as últimas a serem afetadas pela economia."
O estudo apontou ainda que 38% dos ouvidos pretendem trocar de emprego neste ano. Desses, 21% querem mudar de área de atuação.
"As pessoas querem sair dos setores mais impactados pela crise, principalmente do de óleo e gás, do automotivo e do da construção."
Na área de óleo e gás, não só os escândalos da Petrobras impactaram o mercado, como também a queda do preço do petróleo e a exploração do gás de xisto nos Estados Unidos.
Foram entrevistados executivos com salários entre R$ 10 mil e R$ 35 mil.
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Na ponta do lápis
Mais da metade (52%) dos brasileiros ouvidos para um levantamento da Fecomércio-RJ afirmaram que o preço do material escolar neste ano está mais caro do que o praticado em 2014.
O resultado é sete pontos percentuais superior ao registrado no ano passado, quando 45% dos consumidores disseram que o valor dos produtos estava mais elevado.
Editoria de Arte/Folhapress |
"Isso é decorrente da inflação persistente, que tem incidido também no mercado da educação", afirma Christian Travassos, economista da entidade.
Três em cada quatro entrevistados (76%) também afirmaram ter adquirido os produtos escolares à vista. O restante parcelou suas compras.
O levantamento ainda mostra que 49% dos ouvidos pesquisaram os preços antes de pagar pelos produtos.
"Apesar da falta de cultura em pesquisar, o brasileiro hoje tem mais noção de preço que no passado."
O estudo ouviu mil pessoas de 70 cidades do país.
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Mudança... A Novartis, do setor farmacêutico, trocou seu gerente-geral de oncologia no país. Alexandre Gibim assumiu o cargo, no lugar de Patrick Eckert.
...no comando Eckert foi promovido a chefe de oncologia da companhia na região do Oriente Médio e do Norte da África. O executivo ficará baseado em Dubai.
com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS, ISADORA SPADONI e DHIEGO MAIA
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