Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
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exceto aos sábados.
Farmacêuticas brasileiras investem cerca de R$ 1,6 bilhão nos EUA
Indústrias farmacêuticas brasileiras projetam investir ao menos US$ 500 milhões (cerca de R$ 1,6 bilhão, na cotação atual) em pesquisa e desenvolvimento de medicamentos nos Estados Unidos.
A estimativa é do grupo FarmaBrasil, que representa laboratórios como Aché, Bionovis, EMS e Eurofarma, com base em seus associados.
O aporte, que será realizado nos próximos dois ou três anos, prevê acordos de joint venture com laboratórios americanos e aquisições de pequenas empresas.
"A ideia é que os medicamentos sejam fabricados no Brasil. Temos um grande comprador, que é o governo federal, além de parcerias de desenvolvimento produtivo", diz Reginaldo Arcuri, presidente-executivo do grupo.
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A Brace Pharma, empresa do laboratório EMS com base nos Estados Unidos, será responsável pela maior parcela do aporte, US$ 300 milhões (cerca de R$ 930 milhões, na cotação atual).
"O montante será aplicado na continuação de seis projetos no país, bem como em novas oportunidades que avaliamos", afirma Ricardo Marques, diretor da EMS.
A Biolab instalou um escritório em território norte-americano na semana passada para prospectar negócios. Estão reservados US$ 150 milhões para a nova operação.
"Essa ação é resultado de uma política de inovação nacional. Deixamos de apenas ir buscar licenças no exterior para também levar as nossas para fora", diz Dante Alário, sócio-diretor da Biolab.
A Libbs têm quatro projetos em desenvolvimento com centros de pesquisas e universidades americanas. "Projetamos aportar 2,5% do nosso faturamento", diz Marcia Bueno, diretora da Libbs.
Em 2014, a empresa faturou cerca de R$ 1,1 bilhão.
A Cristália, por sua vez, informou que prefere desenvolver tudo no Brasil.
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Espaço para crescer
A rede de atendimento de planos de saúde cresceu mais, em termos proporcionais, que o total de clientes, entre 2009 e 2014, segundo o Iess (Instituto de Estudos de Saúde Suplementar).
O número de estabelecimentos ambulatoriais por 100 mil contratantes saltou de uma taxa de 166,1 para 222,5 (alta de 34%). O total de beneficiários cresceu 19%.
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"Esse aumento não significa que não haja gargalo no setor porque a distribuição das unidades não é equânime no país", diz Luiz Carneiro, superintendente do Iess.
A concorrência entre as operadoras de planos impulsionou a expansão, diz ele.
A ANS informou que monitora a ampliação da rede, mas que a abertura de novas unidades, sozinha, não é uma garantia de mais acesso.
Em São Paulo, a Fundação Procon disse que não há uma percepção de melhora. "Muitas das queixas ainda estão relacionadas ao descredenciamento de unidades", diz Samantha Pavão, do órgão.
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Gasto a conta-gotas
O consumidor brasileiro começa a ficar mais atento ao fazer um financiamento, segundo levantamento da Fecomércio-RJ/Ipsos.
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Entre os que tomaram crédito em abril, 33% escolheram a modalidade com base nas taxas de juros e 32%, no valor das parcelas. Nas dez formas de parcelamento, o carnê foi o mais usado: 44%.
Quase 35% dos entrevistados fizeram compra parcelada no período. O índice é o menor para o mês de abril desde 2011, quando 37% estavam nessa situação.
"O consumidor está mais seletivo e, por isso, adequa seu poder de compra à crise", diz Christian Travassos, economista da federação.
Houve queda de seis pontos percentuais em relação a abril de 2014 entre os que estavam com contas atrasadas. Foram ouvidas 1.200 pessoas.
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Hora do café
com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS, ISADORA SPADONI e DHIEGO MAIA
Livraria da Folha
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