Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
Escreve diariamente,
exceto aos sábados.
Empresa planeja construir terminal de R$ 350 milhões em porto catarinense
O grupo gaúcho Bolognesi, que atua nas áreas de infraestrutura e energia, pretende construir um terminal de estocagem de gás natural no porto de Imbituba, no litoral de Santa Catarina.
O projeto, que prevê investimentos de US$ 100 milhões (cerca de R$ 350 milhões no câmbio atual), foi apresentado ao governo catarinense.
O complexo incluirá um píer para navios carregados com GNL (gás natural liquefeito), além de tanques para armazenagem do produto.
A demanda reprimida por gás natural em Santa Catarina é uma das razões para a escolha do Estado para a obra.
"Será um fornecimento complementar ao Gasbol [gasoduto Brasil-Bolívia], que já está com a capacidade esgotada", diz Paulo Cesar Rutzen, vice-presidente do grupo.
A Bolognesi planeja usar a estrutura para distribuir o excedente de gás de duas usinas termelétricas do grupo em fase de implantação em Suape (PE) e Rio Grande (RS).
Cada uma das térmicas deverá consumir 5,5 milhões de m³ por dia, mas os terminais de regaseificação que abastecerão as plantas terão capacidade muito maior, de 14 milhões de m³ diários.
O combustível excedente será levado até o porto catarinense por meio de cabotagem (navegação costeira).
O plano de financiamento do empreendimento ainda não foi fechado, o que deverá ocorrer após a formalização dos contratos de oferta de gás natural no Estado.
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O Cristália comprou o Latinofarma, laboratório oftalmológico com 35 anos de mercado e de capital 100% nacional. A aquisição fortalecerá a atuação do Cristália no segmento, onde já atua.
"Escolhemos nichos do mercado em que possamos fazer o possível para nos destacarmos. Não produzimos meramente copiando ou importando. Inovamos e temos produtos para lançar nessa área", diz o presidente Ogari Pacheco.
"Se estivéssemos em condições normais, provavelmente em dois anos multiplicaríamos por 2,5 ou 3 o faturamento dessa empresa, mas hoje seria leviandade dizer isso", afirma. "Assim que o país retomar o desenvolvimento, a Latinofarma crescerá bastante."
O Cristália, por sua vez, segue cumprindo seu orçamento e suas metas, apesar da crise, completa.
"Continuamos bem, mas não dá para dizer que crescemos no ritmo de 2014."
O conselho administrativo estuda se a empresa será incorporada ao grupo Cristália ou se atuará como coligada. O valor da compra não foi divulgado. O faturamento bruto do Latinofarma é de cerca de R$ 90 milhões.
Karime Xavier/Folhapress | ||
Ogari Pacheco do Laboratório Cristália |
4.100
é o número de funcionários do Cristália
R$ 1,6 bilhão
foi o faturamento em 2014
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Plantão Problemático
O mercado brasileiro de equipamentos e produtos médico-hospitalares diminuiu no primeiro semestre deste ano na comparação com o mesmo período de 2014.
O consumo aparente (soma da produção interna com importações e exclusão das exportações) recuou 1,6%, segundo estudo da Abimed (associação do setor).
A queda das importações foi o fator que mais contribuiu para a diminuição -baixa de 7,54%, totalizando US$ 2,7 bilhões (R$ 9,4 bilhões).
"A oscilação do dólar faz os compradores recuarem e terem mais prudência", afirma o presidente-executivo da entidade, Carlos Goulart.
O resultado apresenta um contraste com o crescimento de 11,3% na produção industrial do setor e com a melhora de 13,52% nas exportações.
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Parada Cardíaca
A Medtronic do Brasil, que produz dispositivos médicos, notou aumento na taxa de inadimplência dos clientes, diz o presidente da empresa Oscar Porto.
Trata-se de uma consequência da demora no repasse de verbas do governo federal para hospitais que atendem pelo SUS, afirma o executivo da empresa, que teve faturamento global de US$ 7 bilhões (R$ 24 bilhões) nos primeiros quatro meses deste ano.
Além disso, a falta de novas licitações também preocupa. "Nas minhas contas, a partir de outubro não vai haverá mais demanda interna", afirma.
O consolo, diz, é que o setor de saúde costuma sair rapidamente de crises.
Ana Paula Paiva/Valor/Folhapress | ||
Oscar Porto, novo presidente da Medtronic no Brasil |
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Débito... O número de dívidas protestadas nos cartórios da cidade de São Paulo cresceu 76% em julho, na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo pesquisa do Instituto de Estudos de Protestos de Títulos.
...em cartório O total de títulos registrados na capital foi de 111,4 mil, incluindo cheques, promissórias e duplicatas, entre outros documentos. Em relação ao mês anterior, o número de julho representou uma alta de 24,3%.
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Lézio Júnior | ||
charge |
com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS, ISADORA SPADONI e FELIPE GUTIERREZ
Livraria da Folha
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