Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
Escreve diariamente,
exceto aos sábados.
Setor calçadista perde mais de 10 mil postos de trabalho em todo o país
Apesar da desvalorização do real, que favorece as exportações, o número de empregados no setor calçadista caiu 6,8% no país só em agosto em relação ao mês de 2014, segundo a Abicalçados (entidade do segmento).
Desde abril, a indústria de calçados registra queda no emprego. Nos cinco meses até agosto foram perdidos mais de 10,2 mil postos no setor, aponta a entidade.
São Paulo, o terceiro maior empregador do segmento, foi o Estado que mais perdeu vagas no período. Naquele mês, estavam empregadas 53,5 mil pessoas no segmento, 11,2% menos do que há um ano.
No Rio Grande do Sul, que tem o maior número de funcionários, a queda foi de 6%.
O fechamento de vagas é um reflexo do freio nas vendas, lembra Heitor Klein, presidente-executivo da Abicalçados. No acumulado de janeiro a agosto, a queda nos negócios foi de 6,6%, na comparação com 2014.
A expectativa mais otimista é que em novembro seja registrada uma queda menos acentuada nas vendas, que gere um impacto menor no total de postos de trabalho.
A alta do dólar só deverá ser sentida pela indústria a partir do ano que vem, avalia o executivo.
Na sexta-feira (6), a moeda americana à vista fechou cotada a R$ 3,77.
"O importador norte-americano deverá esperar alguns meses até que o câmbio se acalme. Se o dólar oscila muito, ele hesita em assinar contratos", diz Alessandro Dilly, da Dilly Calçados.
Emprego na indústria calçadista tem queda
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Bico fino
As marcas de calçados voltadas para o cliente de poder aquisitivo elevado têm sentido menos o freio no consumo dos brasileiros. A avaliação é de Mario Spaniol, da Carmen Steffens.
"A estimativa", lembra ele, "é que 70% dos pares vendidos no país sejam dirigidos às classes C, D e E, as que mais reveem gastos".
A empresa também deve focar as exportações em países vizinhos. "O empresário brasileiro precisa pensar menos nos Estados Unidos e na Europa e mais na América Latina, que tem clima e demanda como os nossos."
26% é a estimativa de crescimento da marca neste ano
96 é o número de lojas abertas pela calçadista em 2015
3.000 é o total de funcionários
Letícia Moreira/Folhapress | ||
Mario Spaniol, presidente da Carmen Steffens, em uma loja da rede nos Jardins, em São Paulo |
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Comércio de material de construção cai 7,8% em agosto
O volume de vendas de material de construção da indústria para o varejo teve queda de 7,8% no país em agosto, na comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo dados da Abramat (associação do setor).
"Com esse cenário econômico, o consumidor não se sente confiante para construir ou reformar", diz Walter Cover, presidente da entidade.
A tendência, na avaliação da Abramat, é que este ano se encerre com uma retração de 8% no comércio desses produtos para o varejo e de 14% para as construtoras.
Com o enfraquecimento nas vendas, também houve queda nos postos de emprego nas construtoras, de 12,6% em agosto, em relação ao mesmo período de 2014.
Quando considerados os mercados de trabalho nas diferentes regiões do país, o Norte apresentou o maior recuo, de 20,84%, seguido pelo Centro-Oeste (18,1%) e pelo Nordeste (15,7%).
"Nas regiões em que as ofertas de trabalho no setor de construção dependem mais de obras de infraestrutura, o impacto foi maior", diz Cover. "Os segmentos de obras residenciais e comerciais sofreram menos."
Queda no setor de material para construção
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O que estou lendo: Antonio Matias, vice-presidente da Itaú Social
À frente de uma instituição que se notabilizou pela doação de livros, Antonio Matias tem à sua cabeceira no momento "O Capital no Século XXI", de Thomas Piketty, (editora Intrínseca).
"É uma leitura necessária para reforçar minhas reflexões sobre o tema, após ter consumido análises sobre o livro", diz Matias.
O executivo leu recentemente "Como chegar ao sim com você mesmo - O primeiro passo em qualquer negociação, conflito ou conversa difícil", de William Ury.
"Ele associa teoria e prática. Sou fascinado pela importância da negociação."
Bruno Poletti/Folhapress | ||
Antonio Matias, vice presidente da fundação Itaú Social |
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Queda... As vendas do comércio atacadista de tecidos, no segmento de cama, mesa e banho, tiveram sua quarta baixa seguida no Estado de SP.
...após queda A retração foi de 1% em outubro na comparação com setembro, de acordo com o Sincatvaesp (sindicato do setor).
Motos e óculos As italianas Ducati Motor e a Italia Independent assinaram um acordo de três anos para o desenvolvimento de produtos.
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Hora do café
com LUCIANA DYNIEWICZ, FELIPE GUTIERREZ, DOUGLAS GAVRAS e CLÁUDIO GOLDBERG RABIN
Livraria da Folha
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