Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
Escreve diariamente,
exceto aos sábados.
São Paulo tem menor consumo de gás natural em seis anos
O consumo de gás natural caiu 13,6% nos três primeiros meses de 2016 em São Paulo e chegou a seu pior trimestre dos últimos seis anos.
A baixa foi puxada principalmente pelo setor industrial, que representa 70% do consumo total no Estado -a queda foi de 21%.
Em março, as indústrias registraram 284 milhões de metros cúbicos de utilização, seu pior nível desde 2009.
"Para o tamanho do parque paulista, a retração é violenta", avalia o secretário de Energia e Mineração do Estado, João Carlos Meirelles.
O desempenho começou a decair no segundo semestre de 2015, como sintoma da crise econômica, diz ele.
Além da indústria, o setor de termogeração também teve queda significativa, de 15%.
O consumo residencial e o comercial foram os únicos a apresentar alta, de 15% e 9%, respectivamente. No entanto, eles representam apenas 6,5% do total.
A projeção para o próximo trimestre também é negativa.
"Não há nenhum sinal de melhoria. A retomada das indústrias, que são as grandes consumidoras, demorará ao menos até o fim deste ano."
O gás natural é visto como estratégico ao governo paulista para reduzir sua dependência da energia gerada em outros Estados, situação que "cria insegurança, em função das longas linhas de transmissão", segundo Meirelles.
Atualmente, o gás natural representa por volta de um terço do consumo total de energia da indústria paulista, estima a secretaria.
CANAL FECHADO - Consumo de gás natural no Estado de São Paulo<br><br><b>Em bilhões de m³</b>
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BELEZA NÃO PASSAGEIRA
A grife francesa Dior vai implantar o uso progressivo de refis em sua linha de cuidados com a pele.
"A cliente do Brasil gosta do produto e da possibilidade de manter a embalagem, que tem um design exclusivo. Nisso, as brasileiras não são diferentes das outras", diz Édouard Mauvais-Jarvis, diretor da empresa.
Também há um projeto na Dior de reduzir o uso do papel nas embalagens da marca, ao diminuir o tamanho das bulas e usar as caixas para imprimir, na parte interna, as informações relativas aos produtos.
O consumidor de itens de massa está mais acostumado a comprar frascos recicláveis, mas quem adquire artigos de luxo tem se mostrado cada mais interessado na responsabilidade ambiental da marca, compara o executivo estrangeiro.
"O design de nossas butiques segue a mesma tendência de sustentabilidade. A unidade que inauguramos no ano passado no Rio contempla essas normas."
100
são os funcionários no Brasil da Christian Dior Parfums
Danilo Verpa/Folhapress | ||
Edouard Mauvais-Jarvis, diretor de comunicação cientifica da Dior |
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EM CONSTRUÇÃO
O índice de inovação na construção avança lentamente. Mas se a indústria quiser crescer, terá que investir em pesquisa e desenvolvimento.
Essa é a conclusão de estudo global sobre o setor feito pelo Fórum Econômico Mundial em parceria com o BCG.
Um dos desafios é vencer a cultura empresarial conservadora típica da indústria.
A percepção geral é que as construtoras não pensam nos desafios do futuro, o que dificulta a atração de profissionais inovadores.
Outro é trazer maior foco ao planejamento e aos procedimentos das obras e não apenas ao produto final.
65%
do crescimento da indústria na próxima década será em países emergentes
US$ 1 trilhão
é necessário para preencher atual lacuna global de infraestrutura
US$ 100 bilhões
poderiam ser economizados com corte de 1% nos custos
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TODAS AS ESTAÇÕES
A Nutty Bavarian, rede de 130 quiosques de nozes glaceadas, fechou parceria com a Los Paleteros, que reúne 89 franquias de sorveterias.
A empresa inaugurou um quiosque dentro da loja-conceito da paleteria em São Paulo. A ideia é juntar dois produtos com sazonalidades complementares.
"Nós vendemos mais no inverno, eles, mais no verão. Juntos, conseguimos equilibrar essa demanda", diz Adriana Auriemo, diretora-executiva da Nutty Bavarian.
Se a parceria for bem sucedida no outono e no inverno, a presença dos quiosques será estendida a outras lojas da Los Paleteros.
"Queremos associar as duas marcas para o consumidor. Mesmo que não vendamos tantas nozes no verão, nos dias mais frios, o cliente saberá que há opções", afirma Gean Chu, fundador da rede de paleterias.
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CONTA DESIGUAL
O impacto do anúncio de que Harriet Tubman será a primeira mulher a estampar uma nota de dólar até 2020 revela uma conta desigual: apenas 9% dos meios circulantes no mundo têm efígies femininas, segundo pesquisa da Vox.
Elas estão em cédulas de 48 países, mas não aparecem em 148. A rainha Elizabeth 2ª é exceção, figura em 19 moedas.
Entre as latinas, a ex-primeira-dama Evita Perón é retratada na nota de 100 pesos argentinos; as poetas Gabriela Mistral e Juana de Ibarbourou são homenageadas no Chile e no Uruguai, respectivamente; a pintora Frida Kahlo aparece no peso mexicano.
Também há presença feminina nas cédulas da Colômbia, da Venezuela e do Peru.
VALOR FEMININO - As mulheres retratadas são famosas por...
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Nova direção Amir Bocayuva Cunha, novo sócio-diretor do Barbosa, Müssnich, Aragão, inicia um modelo de gestão na banca. Atuará também em societário e M&A.
Leigos A capacidade de acompanhar as mudanças tecnológicas é o principal desafio para as equipes de finanças e contabilidade, segundo 42% dos executivos financeiros ouvidos pela Robert Half.
HORA DO CAFÉ
Editoria de Arte/Folhapress | ||
com FELIPE GUTIERREZ, DOUGLAS GAVRAS, TAÍS HIRATA e MARCIA SOMAN
Livraria da Folha
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