Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
Escreve diariamente,
exceto aos sábados.
Queda do petróleo faz RJ perder espaço nas exportações
As baixas do petróleo tiraram o Rio de Janeiro do pódio dos Estados que mais exportaram no primeiro quadrimestre deste ano, segundo dados do Ministério da Indústria Comércio Exterior e Serviços.
Entre janeiro e abril de 2015, os fluminenses apareciam em terceiro lugar entre os maiores exportadores do país. Neste ano, o Estado registrou queda de 17% nas vendas para o exterior.
O comércio de óleo bruto de petróleo, responsável por 50% dos resultados do Rio de Janeiro no período, caiu 30,6% de um ano para o outro.
"Quando se tem uma receita como o petróleo, cria-se uma zona de conforto, e o Rio não buscou diversificar suas fontes de receita", diz Alberto Machado Neto, da FGV.
A expectativa é que o preço do barril volte a subir no fim desta década, mas fique em um patamar menor que o visto nos últimos anos, diz.
"O país baseia suas exportações em commodities, que rendem muito quando o mercado está em alta, mas manufaturados têm preços mais estáveis", diz José Augusto de Castro, da (Associação de Comércio Exterior do Brasil).
Nos quatro primeiros meses deste ano, enquanto o Estado do Rio caiu, Mato Grosso aumentou as vendas internacionais em 49,4%, puxadas por soja e milho.
"O próximo passo é investirmos não só em grãos, mas também exportar mais aves, bovinos e peixes", afirma Seneri Paludo, secretário de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso.
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Não vá se perder por aí
A marca de malas Samsonite vai lançar no Brasil uma linha de bagagens com dispositivo de rastreamento. O produto foi feito em parceria com o Google e mais três empresas e chegará ao país a partir de janeiro de 2017.
"Vai evitar aquela dor de cabeça de aeroporto. O consumidor chega de uma viagem e, por um aplicativo, consegue saber se a mala já está na esteira", diz Anna Chaia, diretora-presidente do grupo para o Mercosul.
A empresa tem uma planta própria na Bélgica e importa de fábricas da Ásia.
"Infelizmente, a questão cambial mexe no custo. Nosso planejamento, porém, foi feito com o dólar a R$ 3,75."
O grupo também pretende trazer para o Brasil outra de suas marcas de bolsas, a Lipault, no ano que vem.
Eduardo Anizelli - 10.nov.2010/Folhapress | ||
Anna Chaia, executiva da marca de malas para o Mercosul |
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Ainda sem planos
A mudança política, recebida com otimismo pelo setor de comércio, ainda não se traduziu em planos de investimentos ou de novas contratações, aponta a FecomercioSP.
O índice da entidade, que avalia a expectativa de expansão dos empresários para os próximos seis meses, se manteve estável entre abril e maio, no pior patamar da série histórica, iniciada em 2011.
Desde janeiro, a retração foi de 9%. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, a queda é de 18,4%.
"Na prática, a situação continua ruim para o setor. A perspectiva com a mudança política é positiva, mas não se reverte em planos concretos tão rápido", afirma o assessor econômico da entidade, Fábio Pina.
A projeção é que nos próximos três meses haja um aumento do índice, com base na alta da confiança dos empresários. O otimismo, no entanto, deverá ter prazo curto, diz.
"Daí para frente, vai depender de o governo conseguir aprovar medidas concretas para retomar a economia e a confiança do empresário."
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No ar
A Gol liderou o faturamento em vendas no segmento corporativo de janeiro a março, com 30,6% do mercado.
É a primeira vez que a empresa alcança a marca, desde o início da série histórica da Abracorp (que reúne agências de viagens corporativas).
"O segmento se profissionalizou e crescerá com a retomada da economia", diz Eduardo Bernardes, da aérea.
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É de casa
A rede Mister Mix, de milk shake, deve inaugurar 11 unidades até o fim deste ano.
A empresa, que tem 198 lojas também vai remodelar os pontos de venda, diz o presidente, Clederson Cabral.
"O faturamento caiu em 2015, mas deve subir 10% neste ano. A maioria dos novos contratos é com franqueados com uma relação com a marca e vão para a segunda loja."
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Hora do Café
Editoria de Arte/Folhapress | ||
Charge Mercado Aberto |
com FELIPE GUTIERREZ, DOUGLAS GAVRAS e TAÍS HIRATA
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