Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
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exceto aos sábados.
Demora em renovações do Fies faz universidades buscarem empréstimo
O atraso na renovação dos contratos do Fies (financiamento estudantil) tem obrigado as instituições com alunos no programa a procurar empréstimos, diz Janguiê Diniz, presidente da Abmes, associação de mantenedoras.
"As grandes universidades têm caixa para se bancar por um tempo, mas as pequenas recorrem aos bancos."
O processo de renovação dos contratos não foi aberto ainda pelo MEC (Ministério da Educação). O órgão pretende receber uma verba suplementar para quitar dívidas do programa com o Banco do Brasil e com a Caixa.
Para isso, é preciso obter autorização da Câmara dos Deputados, que postergou a votação sobre o tema.
VETERANOS E CALOUROS - Porcentagem de novos contratos e antigos do Fies
A expectativa do mercado é que, caso o pedido do MEC seja aprovado nesta semana, os contratos dos alunos do programa comecem a ser renovados em outubro.
As universidades já trabalham com um cenário em que a questão leve mais tempo para ser resolvida em plenário, e que a situação das prorrogações de contratos só seja normalizada em novembro.
Uma instituição de ensino que pertence a um grupo internacional vai recorrer à matriz para ter recursos até lá, afirma o diretor financeiro do grupo de universidades, que prefere não se identificar.
O custo estimado do financiamento estudantil neste ano é de R$ 18,7 bilhões, um aumento de 5% em relação ao ano passado.
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O comércio que ousa dizer o nome
Empresas voltadas ao público LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros) recriaram uma câmara de comércio brasileira.
Um dos principais objetivos da agremiação é fazer pesquisas para dimensionar esse mercado, afirma Ricardo Toledo, sócio de uma empresa de eventos e presidente da nova entidade.
"A ideia é produzirmos dados oficiais e confiáveis, algo que não existe hoje e que pode ajudar a trazer mais investimentos."
Já houve iniciativa semelhante no Brasil, mas na prática ela não é funcional desde 2010, diz ele.
Associações parecidas que atuam nos Estados Unidos e na Argentina são um modelo de inspiração.
Elas fazem intermediação de relações entre governos que querem negócios LGBT em suas cidades e empresários desse setor.
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Bandeira branca, amor
A implantação da tarifa branca, que vai alterar o valor da energia de acordo com a hora do consumo, deveria ser compulsória, e não voluntária, diz Nelson Leite, da Abradee (associação das distribuidoras de energia).
A crítica é que quem já usa energia fora do horário de pico vai aderir e terá benefícios.
"O residencial, que chega em casa e liga ar-condicionado, não terá vantagem e não vai optar pela tarifa, a não ser que mude de hábito."
As empresas devem pagar uma conta de luz menor, e as residências não serão afetadas, segundo essa lógica.
"Em função da perda de receita que as distribuidoras devem ter, na revisão seguinte haverá aumento e todos vão pagar mais", afirma.
A tarifa branca começará a ser implementada em 2018. Em 2020, todos os consumidores poderão decidir se aderem a ela ou não.
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Aperte o cinto, vamos chegar
Os turistas de países sul-americanos representaram 54,2% dos 6,3 milhões de estrangeiros que vieram ao Brasil no ano passado, segundo o Ministério do Turismo.
Além da América do Sul, Europa (25,9%) e América do Norte (11,6%) foram, somados, mais de 90% desse total.
Apesar das dificuldades econômicas e alta da inflação, em 2015, cerca de 2,08 milhões de argentinos visitaram o país, um aumento de 19,2% em relação ao ano anterior, quando o Brasil foi sede da Copa do Mundo.
Em seguida, aparecem os Estados Unidos, com 575,8 mil pessoas, o Chile (306,3 mil) e o Uruguai (267,3 mil).
Nas vindas realizadas por via terrestre, predominou o turismo de lazer (84,2%). Entre as viagens de avião, destacaram-se também as visitas a amigos e parentes (30,7%) e as motivadas por negócios, eventos e convenções (26,5%).
EU VIM DE LÁ - Principais origens dos turistas, em %
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Fritura nacional
O KFC, rede de restaurantes de comida rápida, deverá abrir 20 novas unidades até o fim do ano que vem.
Hoje, a marca tem 29 lojas, concentradas no eixo Rio-São Paulo. O objetivo da empresa é ganhar escala nacional e chegar a cem pontos até 2019.
Belo Horizonte e Brasília serão as próximas capitais a receber a rede, que ainda prevê instalar-se no interior paulista e em cidades do Nordeste, Sul e Centro-Oeste.
A expansão será por meio de franquias, afirma Andrea Rolim, presidente da Yum!Brands, que comanda as marcas KFC e Pizza Hut no Brasil. O investimento médio por loja é de R$ 1,4 milhão.
"O mercado está complicado neste ano, o número de consumidores caiu, mas a rede deverá fechar 2016 com alta de 25% na receita, por conta da abertura de unidades."
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serão as lojas da Yum!Brands no Brasil até o fim deste ano; 34% mais que em 2015
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Para dentro As cooperativas importaram R$ 959 milhões no acumulado de 2016, aponta o Mdic. O Paraná, um dos Estados com mais sociedades, responde por 68% do total.
Na palma... Quatro em cada dez brasileiros usuários de dispositivos móveis já fizeram compras via aplicativo, segundo a Millward Brown Brasil, que ouviu 1.200 pessoas.
...da mão Roupas, corridas de táxi e ingressos são as transações mais frequentes. Jovens de 14 a 24 anos são os que mais investigam recomendações antes de fazer uma compra.
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Hora do café
Tiago Recchia/Editoria de Arte/Folhapress | ||
Charge Mercado Aberto de 13.set.2016 |
com FELIPE GUTIERREZ, DOUGLAS GAVRAS e TAÍS HIRATA
Livraria da Folha
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