Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
Escreve diariamente,
exceto aos sábados.
Investidores em cassinos ainda se movimentam por legalização
Os setores de jogos de azar e hoteleiro continuam a se movimentar de olho na possibilidade de legalização do jogo —ainda que tudo tenha se paralisado após o recrudescimento da crise política.
Não é cedo para prospectar negócios quando se acredita que a regulação será aprovada em alguns anos, de acordo com Rob Heller, diretor-executivo da consultoria americana Spectrum Gaming, especializada nesse segmento.
"Para investir, construir ou operar um cassino é preciso saber quem são os sócios adequados, qual a melhor localização e a estrutura."
O mercado anual do Brasil para jogos é de cerca de US$ 20 bilhões (R$ 66 bilhões), estima Heller.
HOJE SOU CARTA MARCADA, HOJE SOU JOGO DE AZAR - PIB e gasto por pessoa no setor de jogos de azar
Os investimentos nesse setor são gigantescos, diz Fabio Kujawski, sócio do escritório Mattos Filho.
A divulgação da conversa entre o presidente Michel Temer e Joesley Bastita fez o ceticismo quanto a liberação dos jogos aumentar.
"São cifras bilionárias e há interesse pelo mercado brasileiro. A dúvida, hoje, é se existe coordenação política para aprovar um dos projetos em tempo hábil", afirma.
Há dois projetos de lei, um na Câmara dos Deputados e outro no Senado, que pretendem legalizar os jogos.
"O mercado se movimenta: há eventos, os investidores se encontram, e isso pressiona pelo seguimento dessas modificações na lei", diz Luigi Rotunno, presidente da ABR (associações de resorts).
O jogo seria um atrativo especial para os turistas estrangeiros, que hoje são poucos no Brasil, afirma ele.
*
Médicos líderes
O UnitedHealth Group Brasil, dono da Amil, investiu cerca de R$ 32 milhões em um centro de treinamento em cirurgia robótica que será inaugurado no próximo dia 30, na Barra da Tijuca, (Rio).
O centro Edson Bueno (nome do fundador da Amil, falecido em fevereiro), abrigará a unidade do Ircad Rio, entidade francesa referência em aprimoramento da formação médica, e poderá treinar 2 mil profissionais por ano.
Além disso, terá 38 cursos, nas áreas de cirurgias geral, bariátrica, colorretal e ginecológica; procedimentos de cabeça e pescoço; ortopedia, radiologia e neurorradiologia intervencionista.
"Também faremos a formação de lideranças, pois há médicos técnicos e médicos líderes", diz Claudio Lottenberg, presidente do UnitedHealth Group Brasil.
O ano de 2016 foi mais difícil para o grupo, afirma.
"Neste ano, deveremos ter um melhor resultado pelo aperfeiçoamento da gestão", diz sem dar números.
"Mas, melhora no número de vidas só no ano que vem, com a retomada maior da economia."
US$ 1,9 BILHÃO
(R$ 6,35 bilhões) foi a receita do UnitedHealthcare Global, que inclui o Brasil, no 1º tri
21
são os hospitais da Americas Serviços Médicos, braço de instituições de saúde no país
*
Empresa de análise de mercado ganha novo aporte
A Neoway, uma fornecedora de análises de dados sobre empresas e mercados, recebeu uma segunda rodada de investimentos que podem chegar a R$ 145 milhões, que vão ser atrelados a compras de negócios no futuro.
De imediato, foram aportados R$ 45 milhões. Quando a companhia for adquirir outros negócios, os R$ 100 milhões restantes serão liberados, diz o vice-presidente Carlos Eduardo Monguilhott.
"O foco de expansão é o Brasil e os Estados Unidos. Estamos conversando com as empresas, mas não vamos colocar ninguém para dentro [do negócio] só para trazer o faturamento; a ideia é aumentar a oferta de produtos."
Há planos para usar os recursos para atuar em países da América Latina.
O aporte vem de três fundos estrangeiros, aliados a um investidor que colocou dinheiro como pessoa física.
Outros três grupos, que já eram investidores desde 2014, aumentaram o capital no negócio na nova rodada.
A empresa não divulga qual participação na sociedade foi transferida em troca dos investimentos.
Além do dinheiro, a Neoway também recebe dois novos executivos no conselho de administração.
*
Diagnóstico negativo
A saúde dos brasileiros é considerada precária por 41% dos profissionais da área no país, segundo a Philips, de equipamentos médicos.
Esse é o pior nível observado nas 19 nações analisadas pela empresa. Cerca de 29,4 mil pacientes e 3.900 profissionais foram entrevistados.
Na média global, a saúde da população foi definida como ruim por 6% dos médicos e enfermeiros.
*
Hora do Café
com FELIPE GUTIERREZ, TAÍS HIRATA e IGOR UTSUMI
Livraria da Folha
- Coleção "Cinema Policial" reúne quatro filmes de grandes diretores
- Sociólogo discute transformações do século 21 em "A Era do Imprevisto"
- Livro de escritora russa compila contos de fada assustadores; leia trecho
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade