Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
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exceto aos sábados.
Álcool se recupera de queda nas vendas, mas fechará 2017 no negativo
Pierre Duarte - 29.out.2015/Folhapress | ||
Caminhão tanque carregado com álcool deixa a usina São Francisco, em Sertãozinho (SP) |
As vendas de gasolina perderam vigor, e o álcool recuperou mercado no terceiro trimestre, aponta a ANP (Agência Nacional do Petróleo).
Os dados constam do primeiro relatório desde o aumento de PIS e Cofins e da política da Petrobras de ajustar preços para acompanhar cotações internacionais.
O álcool, que havia perdido 20% de volume no primeiro semestre, ainda tem saldo negativo, mas, agora, de 16%.
Este ano vai fechar com números menos ruins, afirma Antonio de Padua Rodrigues, diretor técnico da Unica (união da indústria da cana).
"A melhora é decorrente dos reajustes da Petrobras, mas vamos fechar 2017 no negativo por uma questão de base de comparação."
O saldo de importação de álcool também melhorou -neste ano, o Brasil vai comprar mais etanol que exportar, mas nos últimos três meses o país diminuiu o tamanho do déficit comercial.
"Tivemos uma avalanche de etanol importado no Nordeste, até que o setor se mobilizou e a Câmara de Comércio Exterior implantou taxa."
Ao se incluir custos de logística, o etanol brasileiro fica mais caro que o de milho dos EUA, diz Paula Arantes, consultora da Ilos, empresa que atua no setor.
Outra consequência da variação diária de valores de combustíveis é que as vendas aos consumidores finais são menores que as entregas às redes de abastecimento, que passaram a arbitrar preços, segundo Arantes.
"Houve um movimento de aumento de estoques por parte das distribuidoras."
MOTOR DE EXPLOSÃO - Vendas de combustíveis em 2017, de jan. a set.
Saldo de exportações de etanol - Em milhares de metros cúbicos
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Apesar de cautela com o país, Saint-Gobain planeja investir R$ 320 mi
Ainda é impossível afirmar que o país vive uma retomada econômica, segundo Thierry Fournier, presidente do grupo industrial Saint-Gobain para o Brasil, Argentina e Chile.
A fabricação de materiais de algumas áreas, como a de plásticos e de abrasivos, têm compensado a estagnação em outras, como a de itens voltados para a construção.
Apesar do receio, a companhia deverá encerrar 2017 com um crescimento de 6% na receita, e projeta uma alta de 10% no ano que vem.
A Saint-Gobain prevê investir cerca de R$ 320 milhões na operação brasileira em 2018. Uma parte disso irá para o uso de internet das coisas e tecnologia nas linhas de produção, diz Fournier.
"Vamos investir em cinco pilares: conexão informática na gestão da fábrica, ferramentas modernas de gestão, uso de 'big data', automatização e manutenção."
Além de começar os preparativos para a reforma de sua sede, que demandará R$ 60 milhões, o grupo também deverá encerrar seu ciclo de aquisições em 2018.
Nos últimos 12 meses, foram sete compras-uma delas, a Tekbond, de adesivos, aguarda aval do Cade (conselho de defesa econômica).
O orçamento para as transações pode ir de zero a R$ 500 milhões. "Temos 3 ou 4 projetos em andamento, a maioria no Sul e Sudeste."
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são as fábricas no Brasil
R$ 8,4 BILHÕES
foi o faturamento em 2016
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Reforma requintada
A Via Varejo, dona das varejistas de eletroeletrônicos Casas Bahia e Ponto Frio, vai converter 15 de suas operações em um formato premium até o primeiro trimestre do ano que vem.
São lojas localizadas em bairros de alta renda e que, além de passarem por uma reforma, terão um sortimento de produtos mais caros e receberão mais recursos tecnológicos que uma unidade convencional.
"Elas vendem produtos diferentes, como TVs de 75 ou 85 polegadas, por exemplo, que não estão em toda a nossa rede", afirma Paulo Naliato, diretor da companhia.
"No terceiro trimestre, crescemos quase 50% nas vendas 'mesma-loja' [excluídas inaugurações] do segmento premium, contra 18% nas da Via Varejo como um todo", afirma Naliato.
"Temos 51 unidades nesse formato. Ao olhar para as operações abertas, há potencial para chegarmos a 70 ou 75."
Ao se considerar inaugurações, há potencial para 90 a 100 estabelecimentos, de acordo com o executivo.
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Fintech A HubPrepaid, de cartões pré-pagos, vai investir R$ 15 milhões em 2018 na expansão da empresa para a América do Sul e na produção de meios de pagamento novos, como pulseiras.
Cacau na China A Chocolate Lugano, fabricante de Gramado (RS), abriu sua primeira loja no mercado chinês. A empresa planeja investir US$ 2 milhões (R$ 6,5 milhões) em mais quatro lojas no país.
Pelo celular Cerca de 16% das vendas virtuais feitas em computadores são iniciadas em dispositivos móveis, aponta a Criteo, empresa de tecnologia, que analisou 5.200 varejistas, inclusive no Brasil.
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com FELIPE GUTIERREZ, IGOR UTSUMI e IVAN MARTÍNEZ-VARGAS
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