Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
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Resolução do CMN sobre aportes de fundos pode forçar alta de desconto
Fernando Frazão - 24.jul.2012/Folhapress | ||
Os fundos devem baixar suas metas de 6% a 4,5% de rendimento real ao ano |
Uma resolução do CMN (Conselho Monetário Nacional) sobre investimentos dos regimes de previdência de servidores pode diminuir a rentabilidade dos fundos e os forçar a aumentar a alíquota descontada de funcionários.
A afirmação é do consultor de previdência da Câmara dos Deputados, Leonardo Rolim.
As normas diminuíram o teto de investimentos em fundos imobiliários e de participação em empresas.
"Na prática, os investimentos possíveis serão título público e Bolsa. Inviabilizaram aplicações em Fidcs (fundo de recebíveis), FIPs (de participação) e em imóveis."
Papéis de governo vão render menos com as taxas de juros, e os gestores das entidades de servidores públicos têm receio de renda variável, por sua natureza volátil.
Os fundos devem baixar suas metas -hoje, estão em cerca de 6% de rendimento real ao ano, e isso deve ir para cerca de 4,5%, afirma.
Caso não alcancem as novas metas, prefeituras e governos estaduais precisarão cobrar mais dos trabalhadores. Cabe ainda usar o caixa dos entes federativos, mas é uma hipótese remota.
Há um projeto de lei no Senado para mudar as regras sobre essas aplicações.
"A resolução pode ser alterada, e nós faremos movimentos para isso", diz Celso Steremberg, da Acinprev (associação de consultorias).
Para o corpo técnico da Secretaria da Previdência ouvido pela coluna, as regras aumentam opções ao permitir aportes em novas possibilidades, como debêntures.
REGIME PRÓPRIO - Entes que gerenciam recursos de servidores
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De cara nova
A Sonae Sierra, proprietária de nove shoppings no Brasil, investe R$ 28 milhões nas obras de remodelação do Plaza Sul, em São Paulo.
Localizado na zona sul da cidade, o imóvel foi inaugurado em 1994 e passa por troca de pisos, ampliação de corredores e reforma de banheiros. As obras deverão terminar em agosto de 2018.
"Também teremos aberturas de lojas mais voltadas para o público das classes A e B, principal foco do empreendimento", afirma José Baeta Tomás, diretor-executivo da companhia.
Ainda no próximo ano, a empresa deverá iniciar investimento similar em outra unidade: o Metrópole, em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. O aporte previsto é de aproximadamente R$ 30 milhões.
"Este ano tem sido muito bom para nós. Crescemos 8,5% em faturamento até o terceiro trimestre [na comparação com 2016]. Nossa estimativa é fechar 2017 com alta de 7%", diz Baeta Tomás.
400
é o número de funcionários
R$ 430 milhões
é a estimativa de faturamento da empresa para 2017
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Contra as expectativas
O nível de emprego na construção civil teve a terceira variação positiva seguida em setembro, segundo o Sinduscon-SP (do setor).
Na prática, houve estabilidade porque o estoque de mão de obra subiu 0,02%.
Ainda assim, o resultado contrariou as expectativas, afirma José Romeu Ferraz Neto, presidente da entidade.
"Não há nada substancial para apontarmos uma melhora. A variação é ínfima perto do contingente de 2 milhões de empregos do setor, mas pelo menos não é negativa."
Algumas áreas, como o mercado imobiliário e de incorporação de imóveis, ainda têm apresentado queda, segundo o sindicato.
Os sinais positivos estão principalmente nas etapas anteriores às obras, como na preparação de terrenos.
"Não seria nenhuma surpresa se voltássemos a ter resultados negativos nos próximos meses. O setor é uma consequência da economia, e ela só vai ter sustentação quando a reforma da Previdência for solucionada."
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Sem exagerar no brilho
A Brilia, fabricante de lâmpadas LED, vai ampliar sua produção após receber um aporte de R$ 40 milhões do fundo de private equity americano Cartesian.
A empresa brasileira, que deverá encerrar 2017 com uma receita de R$ 220 milhões, vendeu uma fatia minoritária do negócio, diz o diretor-executivo, Vinícius Marchini.
"É uma captação que permite atender clientes cada vez maiores, que precisam ter mais estoque, sem a necessidade de recorrermos a outras fontes de financiamento."
A companhia tem como principais clientes residências e estabelecimentos comerciais pequenos. Ela não vende diretamente seus produtos, apenas os fornece para varejistas e distribuidores.
O acordo com o Cartesian prevê ainda um novo investimento, de até R$ 40 milhões, caso seja necessário.
"Na prática, não temos hoje uma necessidade de mais capital, por isso optamos por não ter um aporte maior."
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Maromba... A Black Skull, marca de suplementos alimentares, vai investir R$ 15 milhões em desenvolvimento de novos produtos em 2018. A empresa planeja entrar nos mercados de bebidas energéticas e de barras nutricionais.
...e vida fitness Outro objetivo da companhia para o próximo ano é iniciar a venda de seus produtos fora do varejo especializado. "Queremos chegar a farmácias e lojas de conveniência", afirma o diretor-executivo, Marcelo Bella.
Saúde Os fundadores da ONG Horas da Vida, que atende pacientes de forma gratuita, vão investir R$ 8 milhões em uma empresa que oferecerá, com custo, tratamentos, acompanhamento e exames médicos à população de baixa renda.
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com FELIPE GUTIERREZ, IGOR UTSUMI e IVAN MARTÍNEZ-VARGAS
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