Mercado Aberto

Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.

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Os planos de saúde devem terminar o ano com meio milhão de vidas a mais em carteira, projeta a consultoria TCP Latam. É um aumento de 1% em relação ao número atual de atendidos.

O desempenho dependerá do emprego formal, ainda o principal impulsionador desse mercado, lembra Ricardo Jacomassi, diretor da consultoria. "A correlação dessas variáveis é forte, mas tende a se enfraquecer."

Contratantes passarão a negociar a oferta de plano a cada contrato de trabalho, e não como um benefício a todos. O regime intermitente fará com que o seguro seja mais incomum, afirma ele.

O impacto, seja qual for, não virá no curto prazo, afirma, em nota, a Fenasaúde.

Já se percebe a oferta de planos segmentados, como só para internação, diz Charles Lopes, professor da Escola Nacional de Seguros. "O produto completo é caro. Muitas empresas criam alternativas com atendimento mais restrito."

Outra novidade é um tempo mínimo de emprego, geralmente um ano, antes que o trabalhador passe a ter seguro, segundo Irlau Machado Filho, presidente da NotreDame Intermédica.

A empresa atende 3,5 milhões de pessoas, na soma de planos médicos e odontológicos, e a meta é crescer 15%.

"Se o desemprego permanecer em torno de 12% será um alívio. Nós já crescemos dentro do nosso nicho nos últimos anos", afirma.

O grupo fez cinco aquisições de empresas hospitalares no ano passado, e a ideia é seguir com essa política, segundo o executivo.

Exportação de calçados termina 2017 com alta de 9,3% em receita

A exportação de calçados brasileiros cresceu 9,3% em receita em 2017, segundo a Abicalçados, associação que representa a indústria. Foram comercializados US$ 1,09 bilhão (R$ 3,52 bilhões).

A variação do volume vendido para outros países, no entanto, ficou aquém disso: teve alta de 1,2%, com 127,1 milhões de pares embarcados.

Os resultados demonstram uma leve melhora do setor em relação a 2016, mas também um aumento indesejado dos preços, afirma Heitor Klein, presidente da entidade.

"A diferença [entre as variações de volume e faturamento] ocorreu por causa do encarecimento do sapato brasileiro", diz ele.

"Não houve uma maior qualificação do produto, mas sim questões internas, como a desvalorização do real, que diminuíram a nossa competitividade."

A Abicalçados ainda não finalizou suas projeções para 2018, mas prevê estabilidade nos volumes exportados e pequena elevação nos valores, segundo o executivo.

"É preciso, no entanto, ter cautela com previsões. Tínhamos uma visão bem mais pessimista para o desempenho do ano passado."

Endividamento familiar

O número de famílias que possuem alguma dívida encerrou 2017 no maior nível do ano, em 62,2%, segundo a CNC (Confederação Nacional do Comércio). Houve estabilidade em relação a novembro.

Dezembro registrou também a quarta queda mensal consecutiva na inadimplência e teve 25,7% dos lares com contas em atraso.

O primeiro indicador deverá cair em 2018, mas a tendência é que o segundo suba, diz Marianne Hanson, da CNC.

"Quando a economia se recupera, o crédito cresce. Por outro lado, a capacidade de pagar dívidas está ligada à melhora na renda das famílias e no nível de emprego."

À prova de balas

A Ser Company, que faz blindagens de carros, investe R$ 11 milhões até o fim de 2018. O recurso está concentrado em compra de equipamentos e desenvolvimento de produtos.

Parte do maquinário já está em operação e permitiu à empresa ampliar a capacidade produtiva em 30%.

"Estamos otimistas porque a nova regulamentação impede que blindagens fora da garantia sejam reparadas", diz o sócio Fabio Santos.

República de Curitiba A rede de restaurantes paranaense Kharina vai investir R$ 12 milhões para abrir três unidades (em São Paulo, Campinas e Santo André).

Lá fora A rede Chiquinho Sorvetes inaugurou duas unidades nos Estados Unidos, na Flórida, e irá abrir mais oito operações no país. No Brasil, são cerca de 400 unidades.

com FELIPE GUTIERREZ, IGOR UTSUMI e IVAN MARTÍNEZ-VARGAS

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