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Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.

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OSs de saúde pressionam Senado por aprovação de nova regulação do setor

Crédito: Divulgação Projeto autoriza OSs a usar 15% dos repasses como reserva para pagar ações trabalhistas
Projeto autoriza OSs a usar 15% dos repasses como reserva para pagar ações trabalhistas

As OSs (organizações sociais) da área da saúde pressionam pela aprovação de um projeto de lei que altera a regulação do setor. O texto prevê garantias às entidades em caso de descumprimento de contrato por parte do governo.

O modelo atual, regulado por uma lei de 1998, permite que os governos deleguem a gestão de hospitais públicos.

"O problema da lei vigente é que várias organizações que sofrem com o atraso dos repasses não estão protegidas [com relação ao não pagamento]", diz Renilson Rehem, presidente do Ibross (do setor).

A proposta, de autoria do senador José Serra (PSDB-SP), prevê que as organizações possam descumprir o contrato (com eventual interrupção dos serviços) caso o atraso seja maior a 90 dias, sem que o Estado possa rescindi-lo.

"Outro problema é o passivo trabalhista em caso de rescisão contratual fora do previsto", diz Rehem.

O projeto as autoriza a usar 15% dos repasses como reserva para ações trabalhistas.

"O modelo atual tem os instrumentos de transparência necessários para a fiscalização do uso dos recursos", diz Walter Cintra, da pós-graduação em gestão hospitalar da FGV.

No texto dos contratos atuais já pode haver previsão de garantias em casos de rescisão injustificada por parte do órgão público contratante, segundo o professor.

A proposta, que pode ser alterada, está na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, onde aguarda parecer do relator, Wilder Morais (PP-GO).

Sete em cada dez ataques virtuais tem participação de funcionários

Cerca de 70% dos ataques cibernéticos sofridos por companhias brasileiras envolvem a participação de alguém que integra ou integrou o quadro de funcionários da organização, de acordo com a PwC.

"Não significa necessariamente que os colaboradores sejam parte de um crime organizado, mas que podem ter sido veículos do ataque ao abrir um e-mail infectado, por exemplo", diz Edgar D'Andrea, sócio da consultoria.

A PwC consultou cerca de 10 mil executivos em 122 países. Foram aproximadamente 600 pessoas no Brasil.

Mesmo com a reincidência de episódios que envolvem seus próprios funcionários, uma parte significativa (41,8%) das empresas nacionais não possuem um programa de treinamento sobre o problema.

As companhias brasileiras são mais bem preparadas contra ameaças virtuais do que a média global: 62,8% delas possuem estratégias de resposta imediata a ataques cibernéticos, contra 46% no mundo como um todo.

Forno oriental

A TrendFoods, das redes de restaurantes China in Box e Gendai, vai investir R$ 20 milhões em 2018. O recurso será concentrado na compra de fornos industriais e em novas versões de aplicativos das marcas.

"Serão 230 equipamentos para aumentar a eficiência na produção. A maior parte dos recursos é nossa, mas também buscamos financiamento junto a bancos", diz o presidente, Robinson Shiba.

Na área digital, o grupo desenvolve um sistema para o atendimento on-line ao consumidor. O aporte na operação é de R$ 1,5 milhão.

A empresa também colocará no mercado, ainda no primeiro trimestre, dois food trucks e dois quiosques de suas marcas.

"Com os caminhões, vamos checar a demanda em áreas onde não temos restaurantes. Já as unidades menores são um novo modelo de negócio que testamos para futuras franquias".

R$ 430 milhões
é a receita anual do grupo

220
é o total de restaurantes

Empresa de data center obtém R$ 520 mi em financiamento

A Ascenty, de data centers, aumentou um financiamento que possuía com bancos para acelerar a abertura de novas operações.

Em 2017, a empresa captou US$ 190 milhões com quatro instituições e, agora, elevou o tamanho da dívida para US$ 350 milhões (R$ 1,14 bilhão), afirma o diretor-executivo, Chris Torto.

"Nós terminamos 2017 com oito data centers em operação. Vamos construir mais cinco neste ano."

Todos eles ficarão no Estado de São Paulo. Uma parte dos recursos virá também de um aporte de US$ 150 milhões obtido da gestora Blackstone no ano passado.

"Passamos a ter recursos para mais 18 meses, então até lá vamos ter de decidir se abriremos capital, faremos outro aporte de ações ou de dívida. Isso tudo será amenizado com a demanda que será gerada."

Varejo on-line

O faturamento do comércio eletrônico subiu 6,9% no acumulado em 12 meses até setembro de 2017, segundo a FecomercioSP. Na comparação do terceiro trimestre com o mesmo período do ano anterior, a alta é de 19,2%.

"O crescimento é grande em parte porque 2016 foi ruim, mas sinaliza uma recuperação", diz Juliana Ximenes, economista da entidade.

Um mar A China Unicom pediu autorização ao Ibama para começar a construção de um cabo submarino que atravessará o Atlântico e conectará Fortaleza e Kribi, em Camarões. São cerca de 6.000 quilômetros de extensão.

Acelerou O mercado de cafés premium no Brasil deve crescer a cerca de 3,5% ao ano até 2021, prevê a Euromonitor. Com o fim da crise, o consumo fora de casa e as cápsulas para máquinas ganharão força, segundo a consultoria.

Animado O desenho infantil Mundo Bita comercializará seus clipes traduzidos para o espanhol e o inglês. O investimento do estúdio, de R$ 6 milhões, será destinado à expansão da sede, no Recife, e às atividades de tradução em Miami.

com FELIPE GUTIERREZ, IGOR UTSUMI e IVAN MARTÍNEZ-VARGAS

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