A joint venture de lubrificantes formada por Chevron e Ipiranga começou a operar em dezembro e passa a atender pelo nome de Iconic.
A aprovação do Cade (conselho de defesa econômica) havia sido dada nove meses antes, e o anúncio foi feito há um ano e três meses.
O tempo entre a concretização do acordo e o início da operação de fato foi normal para negócios desse porte, afirma o diretor-presidente Leonardo Linden.
"Só depois da aprovação as empresas podem começar a interagir. Um processo que envolve uma estrangeira e outra nacional deve ser cuidadoso, os clientes não podem sentir diferenças, e eles são muitos, 115 mil", afirma.
A nova companhia manterá os nomes dos produtos que existem no mercado.
Ela já começa como a maior do setor, com 24% de participação nas vendas, segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo). A Petrobras Distribuidora, a segunda, tem uma fatia de 22,6%.
Ser a líder dá uma vantagem competitiva na hora de negociar preços com fornecedores, segundo Linden.
"Teremos uma posição mais favorável que as empresas tinham individualmente. Já somos os maiores consumidores de alguns tipos de óleo, e espero que tenhamos capacidade de extrair mais valor [desse porte]."
A Ipiranga tem 56% da Iconic, e a Chevron, 44%.
RAIO-X
Iconic
700
é o número de empregados da nova empresa
1.300
é o tamanho do portfólio de produtos
50
distribuidores têm a Iconic
3
fábricas possui a joint venture
R$ 2 bilhões
é a receita prevista
Sobe o preço do PF
O "prato feito", uma das tradições culinárias brasileiras, que consiste em arroz, feijão, batata e bife, ficou 14,3% mais barato em 2017, segundo a consultoria GfK.
A comparação foi feita com os preços desses itens nas prateleiras de aproximadamente 300 supermercados.
O maior responsável pelo barateamento foi o feijão, que teve uma redução de 39,2% no ano passado, em relação ao mesmo período de 2016, diz Marco Aurélio Lima, diretor da GfK no Brasil.
A maior retração foi registrada no Centro-Oeste (21%) e a menor, no Sudeste (10,9%).
"Em 2018 não haverá mais essa deflação. Prevemos um aumento próximo ao IPCA [entre de 2,5% a 4%]", diz ele.
Além da safra deste ano não ser tão volumosa como a anterior, a cadeia de abastecimento fará um reajuste para recuperar um pouco de sua lucratividade, afirma Lima.
Hotéis preveem diárias maiores após alta na ocupação em 2017
As redes hoteleiras projetam um crescimento no preço das diárias em 2018, após retração nos últimos dois anos.
Em 2017, os valores caíram 6,4%, segundo o Fohb (entidade do setor). Em 2016, a queda foi de 3,6%.
"Grande parte dos contratos com operadoras e companhias aéreas foram firmados no fim de 2016, e não houve reajuste ao longo do ano, quando a demanda melhorou", diz Orlando de Souza, diretor-executivo do fórum.
O nível de ocupação dos empreendimentos aumentou 1,9% em 2017.
"Prevemos que os hotéis oferecerão diárias maiores agora. A estimativa é de uma elevação de 8%."
O faturamento do Transamerica Hospitality Group subiu 5% no ano passado, e uma retomada dos preços está nos planos, segundo a diretora, Rosangela Gonçalves.
"Foi uma melhora baseada em volume, porque registramos uma retração da diária média", diz a empresária, que prevê um crescimento modesto em 2018.
"Temos dois desafios nos próximos meses: a Copa do Mundo e as eleições. O setor costuma ter projeções mais conservadoras nos anos com esses eventos, então estimamos alta de 3% na receita."
Otimismo familiar
A intenção de consumo das famílias encerrou janeiro com alta de 17,7% em relação ao mesmo período de 2017, segundo a FecomercioSP (federação do comércio).
Foi o sétimo aumento consecutivo do índice, que atingiu 89,4 pontos em uma escala de zero a 200. Os valores inferiores a cem indicam insatisfação das famílias.
A tendência de crescimento é alavancada pela melhora na renda familiar, afirma Guilherme Dietze, da entidade.
"Inflação baixa, juros em queda e geração de emprego devem se perpetuar e levar a um aumento da confiança dos consumidores", diz ele.
A FecomercioSP projeta que o índice ultrapasse os cem pontos ainda neste ano.
Disputa... A AGU ajuizou uma ação regressiva na última quinta (18) para cobrar o ressarcimento de R$ 730 mil da LG, referente a gastos do INSS com funcionários da fábrica de Manaus (AM).
...trabalhista A LG diz que a ação se refere a pagamento a 29 trabalhadores afastados de 2013 a 2016, que ainda não foi notificada e que não comenta processos em andamento.
Menos... A taxa de inadimplência das pessoas físicas continuará em retração em janeiro, segundo o Ibevar (instituto de executivos do varejo) e o Provar/FIA. A média prevista é de 5,38%.
...dívidas O número é 0,7 ponto menor que o registrado no mesmo período em 2017. A estimativa da entidade é que o índice continue em queda pelos próximos meses.
com FELIPE GUTIERREZ, IGOR UTSUMI, IVAN MARTÍNEZ-VARGAS e DIANA LOTT
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