Jornalista, assina coluna com informações sobre diversas áreas, entre elas, política, moda e coluna social. Está na Folha desde abril de 1999. Escreve diariamente.
Programa de demissão voluntária na USP circulou como resposta para crise
Uma das ideias que já circularam na USP para a superação da crise financeira da instituição é a adoção de um PDV, ou um programa de demissão voluntária. Hoje a universidade gasta mais de 100% de suas receitas com salários e benefícios e vê suas reservas de recursos serem corroídas.
DEUS AJUDA
O reitor, Marco Antonio Zago, admite que a possibilidade foi considerada, "mas não seriamente. Os efeitos financeiros seriam tardios e nós correríamos o risco de perder os melhores servidores". Ele acredita que o tempo pode ajudar. "Há pessoas que se demitem, outros se aposentam e tem também aqueles que Deus aposenta."
DEUS AJUDA 2
Zago diz acreditar que, "em seis meses", a arrecadação de ICMS do Estado de SP crescerá —e com isso o repasse de recursos à USP.
SINAL TROCADO
O ex-presidente Lula falou bem mal de Dilma Rousseff no início do ano. Depois que os dois conversaram, passou a defendê-la. Há alguns dias, voltou a criticá-la outra vez.
OUTDOOR
Além de campanha para a Copa, o governo Dilma fará publicidade nas próximas semanas também sobre os programas Mais Médicos e Minha Casa, Minha Vida. Elas serão regionalizadas, com peças diferentes para Estados do país.
VÁRIAS DIREÇÕES
A banda One Direction vai se movimentar em uma passarela gigante de 50 m, que termina em um segundo palco, onde o quinteto fará boa parte dos shows no Morumbi, em SP, e no Parque dos Atletas, no Rio, em maio. Os garotos também pediram uma sala anexa com mesa de pingue-pongue, pinball, bilhar, máquina de fliperama - e também um game retrô: Space Invaders.
EM FORMA DE DANÇA
Deborah Colker buscou em "Belle de Jour" —livro que deu origem ao filme "A Bela da Tarde", estrelado por Catherine Deneuve— a inspiração para seu novo espetáculo. A coreografia "Belle" estreia no Rio em junho e, em agosto, faz temporada em SP.
EDUARDO NO MEIO DO CAMPO
O banqueiro Roberto Setubal, do Itaú, e Fábio Barbosa, presidente da Abril S.A., formavam uma roda em torno de Eduardo Campos, pré-candidato à Presidência pelo PSB, no jantar oferecido a ele pelo empresário João Doria Jr., anteontem, em SP. Temas da conversa: Petrobras, combustíveis e tarifas de energia.
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"O senhor está prometendo a eles um tarifaço se for eleito?", questionava a coluna, tocando num ponto em que o governo de Dilma Rousseff é criticado —o de forçar a estatal a segurar reajustes de combustível para deter a inflação. "Eu, não!", dizia Campos. "Eu estou falando é de um 'juizaço'."
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Mais cedo, o socialista discursara para 525 executivos do Lide, grupo liderado por Doria. Enquanto ouviam o presidenciável, eles responderam à pergunta: em quem vão votar para presidente? Aécio Neves (PSDB-MG) disparou, com 52%. Campos teve 28% e Dilma, 18%.
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"Não adianta, o pessoal aqui é tucano", dizia no jantar um dos coordenadores da campanha de Campos.
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À mesa, Marina Silva, pré-candidata a vice-presidente, ouvia elogios a Dilma Rousseff. "Fala a verdade, a presidenta é muito honesta, muito séria, né?", dizia Luiza Trajano, dona do Magazine Luiza. "É", concordava Marina. "E tem convicções fortes. No governo [de Lula, do qual as duas foram ministras], nós convergimos e divergimos, o que é natural."
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"O problema é que a forma com que uma pessoa é eleita define a maneira que ela governa", seguia Marina, enquanto saboreava lascas de palmito (alérgica, ela evitava a moqueca de siri servida como prato principal). O governo Dilma, por isso, seria "um ajuntamento de partidos" sem base programática. O apoio a ela se daria em troca "de ministérios".
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Luiza interrompe: "O problema é que todo mundo quer um ministério, né?". Para ela, a responsabilidade é do sistema político, que precisaria passar por mudança radical.
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Doria abre os discursos. Elogia a vice. "Você pode gostar ou não dela. Mas hoje eu entendo a alma da Marina, essa sensibilidade, essa alma feminina e a pureza que ela traz para um programa de governo." Alckmin, em busca de aliança com o PSB, dá as boas-vindas "ao novo munícipe" -Campos passou a morar em SP. "Sob a sua proteção", retribui o candidato.
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"O Brasil piorou e nós sabemos disso", diz o socialista em seu discurso. "E não sai dessa situação se não tivermos a capacidade de criar sinergia com a sociedade. A crença da sociedade é fundamental para a implementação de medidas que os senhores sabem que temos que tomar. Hoje o problema no Brasil é sobretudo de confiança."
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"Todo esse discurso, que tem que mudar, todo mundo fala, né, gente, vamos falar a verdade", diz Luiza Trajano ao iniciar a sua pergunta. "O senhor [Campos] é um pragmático total. O que acha dessa contradição que se coloca entre consumo e investimento?" O candidato diz que é uma "falsa contradição" e que as duas coisas têm que andar juntas. Ao finalizar, ele pede: "Que Deus nos ajude nessa caminhada".
CURTO-CIRCUITO
A Galeria Roberta Britto, na Oscar Freire, abre hoje mostra de Marcus Jansen.
O filme "Dominguinhos" será exibido hoje no MIS, às 19h30. Entrada gratuita.
A Bravo! Ballet, em Pinheiros, oferece aulas grátis hoje, celebrando o Dia Internacional da Dança.
A exposição "Calar a Boca Nunca Mais" será aberta hoje na Matilha Cultural, na República.
A conferência internacional Ciência e Fé Podem Andar Juntas? começa amanhã em São Paulo.
com ELIANE TRINDADE, JOELMIR TAVARES, MARCELA PAES e NICOLAS IORY
Livraria da Folha
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