Jornalista, assina coluna com informações sobre diversas áreas, entre elas, política, moda e coluna social. Está na Folha desde abril de 1999. Escreve diariamente.
PF decide investigar FHC por envio de dinheiro à ex-amante
Bruno Santos/Folhapress/Reprodução/Youtube | ||
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e a jornalista Mirian Dutra |
A Polícia Federal decidiu abrir investigação para averiguar o envio de recursos de Fernando Henrique Cardoso para a ex-amante Mirian Dutra no exterior.
Na semana passada, ela declarou à Folha que recebeu US$ 3.000 mensais, entre 2002 e 2006, para complementar sua renda na Espanha, onde vivia com o filho, Tomás.
Para isso, assinou contrato fictício com a Brasif, empresa que controlava free shops em aeroportos no Brasil.
A jornalista afirma que o documento era uma ficção e que ela jamais trabalhou para a empresa. A papelada serviria para disfarçar o envio da mesada.
Mirian e o ex-presidente tiveram relacionamento extraconjugal por seis anos.
FHC reconheceu a paternidade de Tomás Dutra em 2009. Na época, declarou à Folha que sempre cuidou dele.
Em 2011, dois exames de DNA revelaram que FHC não é o pai biológico de Tomás.
Fernando Henrique, no entanto, seguiu pagando os estudos dele e o presenteou com um apartamento de 200 mil euros em Barcelona.
Depois de um estudo preliminar, a PF verificou que crimes possam ter sido cometidos na transferência de dinheiro a ela.
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse que análises do tipo são comuns na área técnica do ministério sempre que denúncias são publicadas pela imprensa.
'INVENÇÃO'
FHC classificou como "invenção" e "coisas menores" as denúncias de que ele teria usado a Brasif para enviar ao exterior dinheiro para a Mirian Dutra.
"Não tem fato. O que foi que eu fiz de errado? Nada. Vocês estão insistindo em um tema que não existe", disse. "É invenção, não sei de quem. São coisas menores. Estou preocupado com o Brasil."
A Brasif diz ter usado uma subsidiária na Inglaterra, a Eurotrad Ltd., para fazer os pagamentos à jornalista. De acordo com comunicado da empresa, FHC "não teve qualquer participação nessa contratação, tampouco fez qualquer depósito na Eurotrade ou em outra empresa da Brasif".
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