Jornalista, assina coluna com informações sobre diversas áreas, entre elas, política, moda e coluna social. Está na Folha desde abril de 1999. Escreve diariamente.
Escritor diz que editora censurou livro seu para não 'engrossar' impeachment
O escritor e poeta Antonio Risério acusa a editora 34 de censurar romance que ele escreveu e que seria lançado em junho. Diz que um dos capítulos abordava de forma crítica o marketing de campanhas eleitorais, fazendo "referência implícita" a campanhas de Dilma. A editora cancelou a publicação.
ARMA BRANCA
Numa carta a Risério, a editora afirmou que "em face do acirramento da crise, com a turma pró-impeachment apelando para medidas ilegais e até criminosas para levar a cabo, a qualquer custo, a derrubada do atual governo (...), nós, editores e diretores da 34, não nos sentiríamos bem engrossando esse caldo. Num momento em que o bom senso e a reflexão crítica estão indo por água abaixo, o seu livro poderia ser instrumentalizado nesse sentido".
NADA A DECLARAR
Risério, que foi assessor de Gilberto Gil no Ministério da Cultura durante o governo de Lula e hoje apoia a Rede, afirma que a decisão mostra "um sectarismo microconjuntural, uma coisa maluca de achar que um romance poderia contribuir para o impeachment. É uma megalomania de literatos". A 34 se manifestou na tarde desta quarta (30).
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