Naief Haddad

Naief Haddad é editor do caderno "Esporte"

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Conheça sete mulheres que se destacaram nesta Olimpíada

"Potências olímpicas têm maior participação feminina na Rio-2016 era o enunciado de reportagem da Folha de 1º de agosto.

Cada vez mais presentes no universo olímpico, como atletas, técnicas ou dirigentes, as mulheres tornam esta Olimpíada mais fascinante, ainda que atuem eventualmente como contraponto à organização dos Jogos.

Nos próximos dias, novas estrelas devem surgir, mas já arrisco uma lista das mulheres notáveis desta Olimpíada, dentro e fora das arenas, em ordem alfabética.

Adriana Varejão
Nascida em 1964, uma das maiores artistas brasileiras criou uma obra que envolve todo o estádio aquático. A imensa lona tornou-se um dos pontos altos da paisagem do Parque Olímpico. Com o passar dos dias, a obra foi tomada pela sujeira. Varejão reclamou publicamente e impôs o respeito que merece. Reparos foram feitos.

Elza Soares
Embora curta, sua interpretação de "Canto de Ossanha", de Baden Powell, foi um dos mais belos momentos da abertura. Ali pela casa dos 80 anos (nega-se a contar quando nasceu), a cantora vive uma das fases mais exuberantes da carreira.

Katinka Hosszu
A nadadora húngara de 27 anos competiu em Atenas-2004, Pequim-2008 e Londres-2012. Nada de medalha. Após o fracasso nos Jogos ingleses, passou a treinar até dez horas por dia. Até agora, são três ouros no Rio. Outro pode vir nesta sexta (12) nos 200 m costas.

Marta
Aos 30 anos, ainda brilha. Os elogios a ela, contudo, se espalham pelas redes sociais acompanhados por críticas a Neymar. Façamos justiça: não podemos falar dela e só dela? Por que o elogio a uma mulher se dá em função da presença masculina?

Rafaela Silva
Há certo cansaço com a reiteração de temas que vieram à tona com o ouro da judoca carioca. Negra, gay, favelada... De qualquer modo, antes a exaustão que o esquecimento. Rafaela, 24, é o Brasil que nós teimamos em esquecer.

Simone Biles
Um dia houve Nadia Comaneci. Após quatro décadas, há Simone Biles. Com 19 anos, a atleta dos EUA já tem dois ouros no Rio e outros estão por vir.

Yusra Mardini
Na travessia de sua família da Turquia para a Grécia, em 2015, o barco quebrou, o que obrigou a atleta síria e outros passageiros a nadar empurrando a embarcação por mais de três horas. Pouca importa que a síria de 18 anos tenha ficado em penúltimo lugar no quadro geral dos 100 m livre. Ela é o símbolo mais reluzentes do grupo de atletas refugiados destes Jogos.

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