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O jornalista Nelson de Sá cobre mídia e cultura na Folha. Escreve de segunda a sexta.
Jornais chineses veem ataque dos EUA distante, mas criticam Coreia do Norte
No "Global Times", o mais agressivo dos jornais governistas chineses, a manchete digital criticou a Coreia do Norte por novo lançamento de míssil: "É provocação, mostra irracionalidade no modo de tomar decisão ".
Em editorial, afirmou que "Trump não deve lançar ataque tão cedo, porque arriscaria vingança" do Norte contra o Sul e "não está preparado". Mas alertou a aliada: "Se o conflito desatar, [a Coreia do Norte] vai sofrer mais".
A manchete do "South China Morning Post", jornal do bilionário Jack Ma, dono do site Alibaba, anota que o lançamento do míssil, apesar de ter falhado, mantém a pressão dos Estados Unidos sobre a China.
O jornal defende que também é do interesse chinês "resolver a questão da Coreia do Norte de uma vez por todas " e propõe que o líder Xi Jinping negocie com Trump, por exemplo, "a presença militar americana na Coreia do Sul e em Taiwan".
Noutro texto, o "SCMP" diz que ataque não deve acontecer, até porque a China teria que intervir. Contra os EUA.
Reprodução/"South China Morning Post" |
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OUTRAS CRIANÇAS
Na Síria, no sábado, um ataque contra refugiados xiitas de Aleppo matou 68 crianças. A CNN deu sem maior destaque, dizendo que eram "dezenas de apoiadores de Assad" e que foi apenas um "soluço" no processo de pacificação da cidade.
NARRATIVA VICIADA
O "New York Times", que tinha preparado longo material para domingo sobre crimes de Assad, não deu foto de criança xiita na capa, mas de criança sunita. A notícia dos novos mortos saiu na página 7 —e só registrou serem xiitas no quinto parágrafo.
Maggie Haberman, estrela do "NYT", evitou o relato do próprio jornal e retuitou outro, de agência, que dizia:
— Menina ferida no ataque diz que homem atraiu crianças com batatas fritas antes de explosão.
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Reprodução/NBC | ||
OUTRA 'GUERRA'
A mesma Maggie Haberman, no "NYT", e outros relatam a "guerra civil" na Casa Branca, entre os altos assessores Jared Kushner e Steve Bannon.
Foi parar no humorístico "Saturday Night Live" (acima), com o personagem do presidente americano, feito por Alec Baldwin, comandando a eliminação de Bannon como num episódio do reality show "O Aprendiz".
AS ORGIAS
A mídia de extrema direita não está gostando do risco de Bannon ser demitido por Trump. O "Breitbart" dá títulos como "Eleitores perdem fé: Foi demais para o lado errado.
Mike Cernovich, estrela extremista, ameaça com "a mãe de todas as bombas: Eu sei sobre as amantes, as drogas, as orgias, eu sei tudo".
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