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O jornalista Nelson de Sá cobre mídia e cultura na Folha. Escreve de segunda a sexta.
Cobertura americana esconde papel dos EUA no 'pesadelo' do Iêmen
Richard Haass, presidente do Council on Foreign Relations, principal centro de estudos em política externa dos Estados Unidos, perdeu a paciência com a cobertura do Iêmen. Seu alvo foi o mais importante programa jornalístico do país, na rede CBS :
— É bom que o "60 Minutes" foque o conflito tão pouco coberto do Iêmen, mas por que não fez nenhuma menção ao papel direto e indireto dos EUA em apoio à política saudita? Os EUA são facilitadores do que é um fiasco estratégico e um pesadelo humanitário.
Haass, que atuou no Departamento de Estado em governos republicanos, não está sozinho em suas críticas. O analista de mídia Adam H. Johnson lembra também o "Washington Post", "que omite completamente o papel militar dos EUA no Iêmen".
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Por outro lado, a CBS transmitiu na mesma edição do "60 Minutes" uma longa reportagem sobre a Chapecoense, que se reergueu "depois da mais horrível tragédia esportiva em anos":
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