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04/03/2013 - 03h00

Relação entre Alckmin e Haddad vive crise

Cada um na sua Após um início cordial, a relação entre Geraldo Alckmin e Fernando Haddad vive uma crise. O tucano reagiu a medidas do petista que extrapolam, a seu ver, atribuições do município. O estopim foi o prefeito anunciar que deslocaria policiais que atuam na operação delegada para rondas noturnas. Para o governador, ações de segurança são responsabilidade do Estado. "Embora o discurso seja de parceria republicana, a sensação é de que 2014 já começou.", resume um alckmista.

Lista Alckmin já havia se queixado em três casos, todos referentes a promessas de campanha do PT: a ideia de estadualizar a inspeção veicular, o anúncio de que a prefeitura construiria estação de metrô no Jardim Ângela e a discussão do bilhete único mensal à revelia do governo.

Como assim? Haddadistas se dizem surpresos com a reação do tucano e garantem que a mudança na ação policial foi tratada diretamente com o comandante da PM, Benedito Meira. "Tudo foi feito com a participação e a anuência do comando do policiamento", diz um secretário.

Mão dupla Enquanto isso, o prefeito pediu audiência com Alckmin para tratar de dois temas: Copa do Mundo e Fórmula 1. O governador topou, mas quer colocar em pauta a ajuda da prefeitura para o programa de internação compulsória de dependentes de crack na capital.

Boletim médico Dilma Rousseff tem recebido informações diárias sobre a saúde de Hugo Chávez. As últimas apontam um quadro estável, mas sem perspectiva de que ele possa prestar em breve o juramento oficial como presidente eleito da Venezuela.

Eu sozinho Zeca Dirceu (PT-PR) provocou a ira de parlamentares do partido ao organizar périplo com 250 prefeitos por ministérios petistas, de hoje a quarta-feira, em busca de recursos para seus redutos. O filho do ex-ministro José Dirceu levará a comitiva às pastas da Saúde, Comunicações e Educação.

Coincidência Depois de receber o engajado Cid Gomes (CE) na semana passada, hoje Dilma passará o dia anunciando obras e recursos do governo federal ao lado de outro governador do PSB: Ricardo Coutinho, da Paraíba.

Titãs Petistas torcem para que prospere a parceria entre Eduardo Campos e Duda Mendonça para produção do programa de TV do PSB: "Melhor. Eduardo tira a máscara e vai para a chuva. E o João Santana ganha um incentivo a mais para a campanha", diz um membro do governo.

Prato... A reação negativa de ala do PMDB ao discurso de Dilma na convenção da sigla, atribuída pelo Planalto aos irmãos baianos Geddel e Lúcio Vieira Lima, pode turbinar a reforma na estrutura da Caixa Econômica Federal.

... frio O governo já havia decidido fatiar a vice-presidência de Pessoa Jurídica da Caixa, pilotada por Geddel, para criar a de Micro e Pequenas Empresas. Agora, a perda de poder pode ser maior.

Pedigree Para evitar que a presidente incentive "barrigas de aluguel" na cota do partido na Esplanada, como o empresário Josué Gomes da Silva, o PMDB aprovou moção para que cargos públicos só sejam ocupados por filiados há mais de 180 dias.

Segundo... Depois da gestão da Petrobras no governo do PT, o próximo ponto que Aécio Neves (PSDB) vai atacar é o comércio exterior.

... round Dirá que, sob os governos petistas, o Brasil viu seu peso no comércio global cair e, por questões ideológicas, deixou de selar acordos com blocos econômicos. "Estamos sumindo do mapa", afirma o mineiro.

*

TIROTEIO

Estou curioso para saber o que está por trás dessa intrigalhada. Eventuais divergências internas nada têm a ver com a presidente.

DE GEDDEL VIEIRA LIMA (BA), vice-presidente da Caixa Econômica Federal, negando ter criticado o discurso de Dilma Rousseff na convenção do partido.

*

CONTRAPONTO

A alma do negócio

Lula falava a dirigentes da CUT, na quarta-feira passada, em São Paulo, sobre a necessidade de manter canais permanentes de interlocução com o Planalto.

O ex-presidente olhou então para o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral) e disse:

--Temos lá o Gilberto, que é uma simpatia.

Antes que algum sindicalista interviesse, completou, para gargalhada geral:

--O problema é que ele é como o Miro Teixeira, que foi meu ministro das Comunicações: 100% de simpatia, mas 0% de atendimento de demandas...

Com FÁBIO ZAMBELI E ANDRÉIA SADI

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Vera Magalhães é editora do Painel. Na Folha desde 1997, já foi repórter do Painel em Brasília, editora do caderno 'Poder' e repórter especial.

 

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