Um grafite realizado em muro do entorno da praça Antonio Sidney de Lazari, localizada no Sacomã, na zona sul de São Paulo, chama o vereador Camilo Cristófaro (Avante) de racista.
Cristófaro utilizou uma expressão racista ("não lavaram a calçada, é coisa de preto") durante uma sessão no começo do mês e desde então sua cassação tem sido discutida na Câmara Municipal. Na terça (24), o plenário da Casa deu aval à abertura do processo.
As regiões do Sacomã e do Ipiranga são redutos eleitorais do vereador.
Isolado na Câmara, o vereador do Avante lida com a forte pressão da opinião pública. Centenas de pessoas se aglomeraram em frente ao prédio da Câmara e diante de um caminhão de som durante a votação de terça.
O público gritava palavras de ordem contra o racismo e pedia a cassação. Parte da multidão vestia camisas e exibia cartazes contrários ao parlamentar.
O auditório do plenário, com capacidade para 160 pessoas, também foi tomado por manifestantes e recebeu cartazes com as seguintes frases: "Lutar contra racista é fazer justiça. Fora, Camilo Cristófaro!" e "Lugar de racista é na cadeia, e não na Câmara".
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