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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Privatizações abrem novo ringue entre Bolsonaro e Doria

Estado e governo federal terão projetos de concessão e PPP para disputar investimentos

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São Paulo

O anúncio do governo federal de que vai acelerar as privatizações abre mais um ringue entre o presidente Jair Bolsonaro e o governador de São Paulo, João Doria. A corrida por recursos está no radar dos competidores há meses. Para tentar elevar a atratividade de seus ativos, São Paulo quer diminuir os passivos regulatórios com as concessionárias, segundo o vice-governador, Rodrigo Garcia. O estado tem dezenas de batalhas na Justiça por discordâncias sobre antigas concessões.

Páreo “A ideia é cortar ou zerar passivos regulatórios, lides que o estado tem com suas concessionárias e vice-versa, o que é natural em contratos de 30 anos. O país terá muitos projetos de concessão, seja do governo federal ou outros estados. Nosso diferencial será regular bem as concessões e ter agências reguladoras independentes”, diz Garcia.

No mesmo barco No meio da guerra de projetos de reforma tributária, voltou a ser compartilhado um vídeo publicado em rede social em janeiro por Eurico de Santi, um dos diretores do CCiF, think tank que idealizou a proposta do deputado Baleia Rossi, em tramitação na Câmara. 

Ancorados As imagens mostram o próprio Santi em um passeio no barco do empresário Miguel Abuhab, dono da empresa de software NeoGrid, pela baía de Babitonga, litoral de Santa Catarina. Eles estavam acompanhados do ex-deputado Luiz Carlos Hauly, pai da proposta concorrente de reforma tributária, encampada pelo Senado.

Grito de guerra? Abuhab é o empresário criador do que Hauly chama de “um dos pilares” da proposta do Senado: um modelo de cobrança eletrônico cedido gratuitamente. No vídeo, o trio celebra o impulso reformista. “Reforma tributária já”, afirma Santi, seguido por gestos positivos dos outros navegantes.

Dois times Procurado, Santi diz que sempre defendeu a proposta do CCiF e que, lá em janeiro, havia expectativa de atrair Hauly para a iniciativa. Ele diz que ainda acredita em convergência. Hauly afirma que atua como consultor. Abuhab diz que seu projeto de simplificação não tem ligação com a NeoGrid, e que a empresa não se beneficiaria da proposta porque já existe ferramenta no sistema bancário.

Namoro A aproximação entre a indústria e o deputado Eduardo Bolsonaro continua. Após jantar com empresários na Fiesp e participar de cerimônia de premiação com a CNI, o filho do presidente tuitou agradecendo o apoio à indicação para Washington.

Ideia... O deputado Hugo Leal (PSD-RJ) apresenta em Brasília no próximo dia 27 um substitutivo para projeto do governo Michel Temer (MDB) que altera os processos de recuperação judicial e falência.

... recuperada O projeto original foi considerado pelo setor privado como amplo demais e muito favorável ao governo e à Procuradoria da Fazenda. A nova versão do texto teve sugestões de especialistas em falências.

Volta por cima O advogado Thomaz Sant'ana, sócio do escritório PGLaw, diz que a expectativa é que o texto facilite o recomeço para empresários quebrados e também viabilize o financiamento para empresas em recuperação.

Sem encrenca Já Renato Scardoa, do Franco Advogados, que também colaborou na elaboração do texto, diz que a nova versão evitará controvérsias e deverá tratar de assuntos que já foram pacificados por tribunais superiores.

Vaga sem dono O déficit de profissionais para os postos da área de software e serviços de tecnologia pode crescer em mais 260 mil pessoas até 2024, de acordo com estudo que a Brasscom (associação do setor) vai apresentar nesta quinta-feira (22).

Sala vazia Sergio Galindo, presidente da associação, afirma que a demanda cresce mais rápido do que a formação de profissionais por causa de fatores como baixa procura de cursos e pela alta evasão de alunos, em especial aqueles que não têm acesso a programas como ProUni e Fies.

Saúde O Hospital Alemão Oswaldo Cruz abre nesta quinta-feira seu centro internacional de pesquisas em São Paulo para atender a indústria farmacêutica, universidades e governos.

Em estudo A unidade contará com 40 pesquisadores. A previsão é fazer 60 pesquisas simultâneas em prazo de cinco anos, movimentando R$ 50 milhões no período. Haverá investigação epidemiológica, clínica e sobre adoção de novas tecnologias.

Com Filipe Oliveira

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