A entrevista coletiva de João Doria nesta quarta-feira (24) para anunciar o novo toque de restrição que começa na sexta (26) gerou sentimentos contraditórios entre os donos de bares e restaurantes, que passaram meses em pé de guerra com o governo por causa do controle no horário de funcionamento. No começo do anúncio, os empresários ficaram preocupados se haveria tempo de os funcionários voltarem para casa após o fim do expediente, mas se acalmaram ao saber que haverá transporte público.
Finalmente, desta vez, eles apoiaram a medida, que impõe o fechamento apenas entre 23h e 5h. Ainda há preocupação porque o quadro da pandemia está grave, o que gera o receio de novas medidas no horizonte.
“Apoiamos as restrições anunciadas pelo governador por entender a gravidade da situação. O governo mostrou sensibilidade com o segmento ao impor somente a partir das 23h. Temos pago um preço alto desde o início da pandemia. A imensa maioria dos empresários segue à risca os protocolos sanitários e não pode pagar pelo erro de uma minoria que não respeita as regras”, disse Sylvio Lazzarini, vice-presidente do Sindresbar, entidade do setor.
Nabil Sahyoun, presidente da Alshop, associação de lojistas de shoppings, que não foram atingidos pelo horário, também comemorou. “As medidas vão ao encontro de nossas demandas, que são basicamente a de não sermos mais proibidos de trabalhar, pois sofremos muito na pandemia. Felizmente, o governo foi cirúrgico e justo no anúncio de hoje”, afirmou Nabil Sahyoun, presidente da Alshop.
com Filipe Oliveira e Mariana Grazini
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