Paula Cesarino Costa

Jornalista, foi secretária de Redação e diretora da Sucursal do Rio. Foi ombudsman da Folha de abril de 2016 até maio de 2019.

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Paula Cesarino Costa

Falta diversidade

A Folha anunciou os 15 finalistas do 5º Concurso de Ilustração do jornal. Foram 803 inscritos. A maior parte dos candidatos eram homens, jovens e de São Paulo. Uma participante reparou que não havia nenhuma mulher entre os selecionados, apesar de elas serem 25% dos inscritos (199).

Integrante do júri, o editor da Ilustrada, Ivan Finotti, explicou que os vencedores foram escolhidos exclusivamente pelos desenhos. Os nomes dos autores constavam apenas do verso das obras. "Uma divisão por cotas, fossem elas quais fossem, seria uma decisão artificial e descabida", disse.

O caso não é ter ou não cotas. Ao não prestar atenção no perfil dos escolhidos, o jornal abriu mão de montar uma equipe mais diversificada e, assim, oferecer estilos, ideias e ironias mais ricas.

Em outubro de 2016, relatei que leitores criticavam a falta de diversidade ideológica das páginas de humor. O jornal afirmou que buscaria "corrigir desequilíbrios". Para o secretário de Redação, Vinicius Mota, houve avanço na busca dessa diversidade. Citou como tal a contratação do cartunista Hubert para a página dois da Folha.

O desafio não é fácil. Os chargistas são de esquerda ou a direita tem senso de humor limitado? Para o cartunista Georges Wolinski, o humor é de esquerda. "É uma lucidez na forma de ver a sociedade que a direita não tem, por estar comprometida com a ordem estabelecida."

Leia a coluna completa da ombudsman aqui.

 

A ombudsman sai em férias. A coluna volta em 12 de março.

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