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Jornalista e autor de "Escola Brasileira de Futebol". Cobriu sete Copas e nove finais de Champions.

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Febre de Copa

Os 18 milhões de telespectadores e as maiores audiências de jogos de futebol nos Estados Unidos em todos os tempos ampliaram o interesse do mundo sobre o que vai acontecer lá depois da Copa. Os americanos descobriram o futebol e até o Brasil analisa o futuro... deles.

E o nosso? Nunca houve tanta gente nos estádios brasileiros. Média de público de 51.132 espectadores por jogo e 98% de ocupação das arenas são números inéditos na história do país do futebol. A Copa de 50 tinha estádios maiores, mas público médio menor -47 mil por partida, apesar dos 200 mil na final contra o Uruguai.

Discutir os americanos é bom. Conversar sobre o Brasil é melhor. Por aqui, a audiência de TV aberta cai e a de TV fechada não é medida no país inteiro, o que dificulta comparar os números de telespectadores.
A questão é mesmo a presença nos estádios. Mesmo que 30% do público nas arenas seja composto por estrangeiros -índice exagerado-, há gente demais que descobriu na Copa o prazer de assistir a um jogo no campo.

Viva a Copa Permanente, proposta por Antonio Prata!

É necessário ter ingressos a preços mais baixos para levar quem não pôde ir à Copa. Indispensável! Mas também convencer quem descobriu o prazer do estádio na Copa de que o prazer pode ser de todas as semanas.
É missão dos clubes não se conformar com estádios vazios. Também é obrigação da CBF. Fala-se sobre uma possível candidatura do Brasil a sede do Mundial de Clubes. Copa Permanente não é isso. É um campeonato organizado, com estádios cheios e times fortes.

Os americanos pensam nisso agora, embora boa parte dos que assistiram à Copa pela TV concentrem-se no beisebol e na NBA. Aqui, muita gente vai sair do estádio para ver futebol na TV. Nos dois países, é preciso manter a chama acesa. Nesse caso, se é bom para os Estados Unidos, é bom para o Brasil.

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