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Jornalista e autor de "Escola Brasileira de Futebol". Cobriu sete Copas e nove finais de Champions.

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A segunda cicatriz

Nos primeiros seis minutos, o Brasil não fez só o gol contra a Colômbia. Também roubou duas bolas no campo de ataque e numa delas conquistou falta que Neymar cobrou com perigo. Levou perigo num contra-ataque iniciado por desarme de Fernandinho. E fez o gol em cobrança de escanteio. Teve pressão, contra-ataque e bola parada.

Não faltou repertório, porque sobrou tranquilidade.

Fernandinho foi gigante na marcação a James Rodríguez. A saída de bola da defesa melhorou com Paulinho chamando a bola em seu pé. Também houve mais segurança defensiva com Maicon no lugar de Daniel Alves —Felipão foi bem! Só não precisava tomar contra-ataque, como numa jogada de Cuadrado desarmada por Thiago Silva.

Para a atuação ser perfeita, faltou um pouquinho mais da mescla contra-ataque, bola parada e posse de bola, na segunda etapa. O contra-ataque resultou na falta, cobrada por David Luiz no segundo gol.

A melhor atuação da seleção na Copa anima, mas em alguns momentos é preciso mais paciência. Trocar passes tira o rival de seu campo. Houve três razões para o sufoco no fim: 1) faltou tocar a bola; 2) a Colômbia é ótimo rival; 3) é time do Felipão. Com Felipão, não existe título sem sofrimento. Só não precisava ser tanto. Perder Neymar a dois jogos do fim é o drama que ninguém queria.

Jogar contra a Alemanha sem o capitão e sem o craque pode ser definitivo. Mas vale lembrar que os alemães sempre morrem de medo de enfrentar o Brasil.

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