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Jornalista e autor de "Escola Brasileira de Futebol". Cobriu sete Copas e nove finais de Champions.

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Vitória do sorriso

O título mundial da Alemanha é merecido. O país que mais fez para revelar jogadores, mantê-los dentro de seu campeonato, ganhar títulos de clubes e de seleções.

Mas o futebol total esbarrou numa marcação bem-feita, por duas linhas próximas sem espaço para jogar atrás dos volantes. O retrato do estilo mais moderno também esbarra na falta de espaço, e isso foi o modelo da Copa com o maior número de gols da história. Em 56% das partidas, quem teve mais tempo de posse de bola não conseguiu vencer.

Durante os primeiros 45 minutos, só Thomas Müller conseguia quebrar as linhas argentinas, jogando atrás delas algumas vezes (veja ilustração).

A Alemanha quebrou essa regra, mas demorou muito para conseguir isso.

A Alemanha marcou 18 gols e foi campeã com o melhor ataque. Um terço de bola parada, mais do que a média do Mundial -só 23% nasceram de faltas, escanteios e pênaltis.

Mario Götze marcou seu primeiro gol pela seleção alemã no amistoso contra o Brasil, há três anos.

E o mais importante de todos na final da Copa, um jogo depois de massacrar a seleção brasileira. Comemorou sorrindo.

Contraste com o choro do Brasil e depois da derrota da Argentina. Pela terceira Copa seguida, não venceu o time do craque, mas o conjunto. O melhor do Mundial ficou em terceiro lugar, Arjen Robben. E Neymar, que teria mesmo dificuldade para ser protagonista aos 22 anos, sucumbiu pela ausência de jogo coletivo. A lição da Copa é que o futebol total, em conjunto, é o que faz sorrir.

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