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03/12/2012 - 07h00

A queda do Google e o futuro da rede

DE SÃO PAULO

Semana passada algo improvável aconteceu. O Google ficou "fora do ar" por uma hora afetando vários usuários. Durante todo o tempo não era possível acessar os serviços da empresa.
Nada de Gmail, YouTube, ou mesmo de buscas. Muitos usuários se viram "sem chão".

Quando não tem Google, o que fazer? A resposta é simples: ir para outros sites.

Hordas de órfãos lotaram o Facebook e o Twitter. Muitos reclamando, outros fazendo piada (teve gente comparando o Google ao Palmeiras, outros dizendo que era o fim do mundo). Quem precisou fazer buscas foi para o Bing (os mais antenados, para o DuckDuckGo.com).

Até agora não se sabe as causas do problema. O Google disse que não houve problema do seu lado.

A razão estaria em outra ponta. Independente das causas, a queda é um exemplo do que seria a internet sem a chamada "neutralidade da internet". O assunto é debatido hoje no Brasil e será tema de conferência da ONU em dezembro.

Hoje, todos os sites rodam na mesma velocidade. Sem neutralidade, provedores poderiam decidir que alguns têm de rodar mais devagar, ou mesmo ficar "fora do ar".

O efeito é parecido com a queda do Google: quem acessa um site "piorado" fica irritado e vai para outro lugar. Isso permitiria aos provedores decidir o que vai ou não dar certo na rede.

A queda do Google não foi o fim do mundo. Mas mostrou um flash do fim da internet como a conhecemos.

Já ERA -- Achar que um vídeo com 100 milhões de visualizações no YouTube é superpopular

Já É -- Todas as palestras do Ted juntas atingindo 1 bilhão de visualizações

JÁ VEM -- O vídeo de "Gangnam Style" atingindo, sozinho, 1 bilhão de visualizações

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Ronaldo Lemos é diretor do Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro e do Creative Commons no Brasil. É professor de Propriedade Intelectual da Faculdade de Direito da UERJ e pesquisador do MIT Media Lab. Foi professor visitante da Universidade de Princeton. Mestre em direito por Harvard e doutor em direito pela USP, é autor de livros como 'Tecnobrega: o Pará Reiventando o Negócio da Música' (Aeroplano) e 'Futuros Possíveis' (Ed. Sulina). Escreve às segundas.

 

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