Tostão

Cronista esportivo, participou como jogador das Copas de 1966 e 1970. É formado em medicina.

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Tostão

Força da equipe

Felipão, em uma entrevista a Falcão, para o Fox Sports, disse que gosta e presta muita atenção no que escrevo, que respeita minhas críticas, mesmo quando discorda. Fico satisfeito e digo a ele que também admiro seu trabalho. Mas não sigo nenhuma linha crítica. Eu o elogio e o critico, e a todos os treinadores, pelo que vejo, certo ou errado, sem "pré-conceitos".

Pelé disse, em uma entrevista à Folha, que hoje faltam craques, e que Cristiano Ronaldo é apenas um bom finalizador, um Dadá Maravilha. Discordo. Cristiano Ronaldo já está entre os grandes da história, e existe hoje um grande número de craques, evidentemente, nenhum como Pelé.

Enfim, vi, da varanda de meu apartamento, uma bandeira verde e amarela, em um dos prédios vizinhos. Lembro-me que, poucos dias antes da Copa de 1998, me encontrei com um torcedor brasileiro em Paris, decepcionado, porque não havia festa na cidade. Para ele, se fosse no Brasil, todas as ruas já estariam enfeitadas. Isso deve ocorrer quando a bola rolar, para valer. Ontem, em Goiânia, o torcedor começou a festejar, sem deixar de protestar.

Vitória fácil para o Brasil. O sistema defensivo não teve trabalho, pela fraqueza do Panamá e porque a equipe brasileira marca por pressão, o que dificulta para o outro time se organizar e chegar ao ataque. Mesmo em um jogo fácil, o Brasil usa muito a falta técnica. Cometeu 20, contra 11 do Panamá.

Enquanto Alemanha e Espanha têm vários craques no meio-campo, ficam com a bola, mas criam poucas chances de gol, o Brasil, mesmo sem ter um grande talento nesse setor e sem trocar muitos passes, mostra eficiência no ataque, por causa do avanço dos laterais, das ótimas finalizações de Hulk, das jogadas aéreas e, principalmente, dos lances individuais e espetaculares de Neymar. O Brasil tem um excelente time, mesmo sem ter um excelente meio-campo.

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