Tostão

Cronista esportivo, participou como jogador das Copas de 1966 e 1970. É formado em medicina.

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Tostão

Ufa! Salve, Júlio!

A história se repetiu. O Brasil eliminou o Chile, nas oitavas de final. Que sufoco! Nos pênaltis. Até o árbitro do jogo foi o mesmo de 2010.

O primeiro tempo foi eletrizante. Os dois times fizeram bem o que fazem sempre, a pressão sobre quem está com a bola. Assim, saiu o primeiro gol, e quase o segundo, do Chile. Dessa forma, o Brasil criou algumas chances de gol e marcou, como se esperava, em uma cobrança de escanteio. O Chile tinha mais posse de bola, e o Brasil abusava dos chutões e dos lançamentos longos. Neymar teve chance de fazer uns dois gols, mas não estava com sua habitual precisão.

No segundo tempo, pouco mudou. O Brasil continuou sem meio-campo e com chutões e passes longos. O Chile teve uma grande chance e não aproveitou. Hulk fez um gol, anulado pelo árbitro, discutível. Nos últimos 15 minutos e na prorrogação, os times estavam mortos, o Chile mais que o Brasil. Por isso, se limitou a segurar o jogo. Mas, no fim, teve a grande chance, em um chute na trave. Por pouco, o Brasil ficava fora. E, nos pênaltis, para aumentar a emoção e o sofrimento, o Brasil ganhou a vaga. Neymar, que não foi bem durante a partida, fez o gol na quinta cobrança.

O Brasil se classificou, mas jogou mal. Não foi nenhuma surpresa o jogo difícil e igual. Coletivamente, o Chile é melhor. Individualmente, o Brasil tem dois zagueiros excepcionais e Neymar. Se ele estivesse mais inspirado, a seleção teria vencido no tempo normal. O problema do Brasil não foi emocional. Foi técnico e tático. Haverá novos sufocos. Mesmo assim, o Brasil continua forte candidato ao título. Há muitas seleções boas, mas nenhuma excepcional.

Os destaques do Brasil foram Thiago Silva, David Luiz e Júlio César, que, além dos pênaltis, fez uma defesa espetacular. Os outros foram mal ou muito abaixo do que poderiam jogar.

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